Já era final da noite de quinta-feira (25) quando a avenida Celso Garcia Cid, na Vila Siam, zona leste de Londrina, foi, enfim, liberada para o trânsito de veículos e pedestres. A via, no quarteirão entre as ruas Catarina de Bora e Elvira Bruggin, ficou completamente bloqueada por cerca de sete horas. O motivo foi uma ameaça de bomba. A PM (Polícia Militar) foi acionada até o endereço por volta das 15h, após denúncias de funcionários de uma loja de revenda de carros.

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Os relatos foram de que uma mulher – aparentemente em situação de rua - deixou o artefato em frente ao estabelecimento, ao lado de um carro estacionado e sacos de lixos. Teria dito que se tratava de uma bomba, indo embora em seguida. Assim que a polícia chegou no endereço o protocolo de segurança foi estabelecido. “Nosso protocolo consiste em fazer o isolamento do local para manter todos em segurança e acionar a equipe especializada de Curitiba”, explicou o tenente Enzo Chiafitela, do 5º Batalhão da Polícia Militar.

Os agentes do Esquadrão Antibombas, que é uma subunidade do Bope (Batalhão de Operações Especiais), chegaram no endereço às 21h, quando assumiram as ações. Inicialmente, os policiais registraram várias imagens do objeto. Na sequência, pegaram o material com uma espécie de vara, levando até o outro lado da rua, perto deu um terreno vazio. Ali foi feita a destruição.

De acordo com a PM, o artefato possuía pólvora, ou seja, um indício de que poderia ser explosivo. No entanto, não foi possível definir na avaliação preliminar se existiam mecanismos de detonação. “Com a chegada do esquadrão a área de isolamento foi aumentada. Foi realizada a detonação controlada deste artefato para conseguir analisar qual seria o conteúdo do invólucro. Com a detonação foi detectado que dentro da garrafa existia um líquido, que não conseguiram identificar qual seria, e indícios de pólvora, provavelmente na fita isolante que estava em volta da garrafa”, detalhou.

IMAGENS

Câmeras de segurança da loja de veículos flagraram a mulher que levou o objeto até o estabelecimento. “As imagens foram coletadas (pela Polícia Militar) para chegar até o autor desse fato e o relatório técnico da esquipe especializada será confeccionado com o intuito de chegar até uma conclusão”, frisou.

RESPONSABILIZAÇÃO

Quem teve a rotina impactada pela comoção da suposta bomba espera que haja punições. “A pessoa parar parte de uma região populosa como essa, caminho para universidade, precisa ser responsabilizada. É o tipo de situação que não se brinca ou muito menos provoca de maneira deliberada. Os ônibus do transporte coletivo, por exemplo, tiveram que mudar a rota por horas, o que atrapalhou a vida dos passageiros”, relatou o autônomo Diego Brito, que mora na região.

HISTÓRICO

Esta foi a terceira ameaça de bomba cidade num intervalo de sete meses. Em setembro do ano passado, um objeto que lembrava um explosivo foi deixado por coletores de lixo na rua Martin Luther King, no Lago Parque, região sul. No entanto, posteriormente foi descartada a possibilidade de bomba. No mês seguinte, o suposto artefato foi encontrado na frente de um prédio na rua Hugo Cabral, no centro. Em ambos os casos o Esquadrão Antibombas teve que vir para Londrina.