A campanha estadual de vacinação contra a dengue, que teve início em 3 de março, termina nesta sexta-feira (31). Podem ser vacinados os jovens de 15 a 27 anos, que ainda não tomaram a primeira dose de imunização e aqueles que já receberam a vacina na primeira campanha, realizada em agosto de 2016. De acordo com dados da Coordenadoria de Imunizações da Secretaria de Saúde de Londrina, apenas 27.888 pessoas tomaram a vacina. A meta era imunizar 135 mil jovens.

Além da vacina estar disponível nas unidades básicas de Saúde (UBS), a Coordenadoria de Imunizações realiza ações em vários pontos da cidade, como em instituições de ensino e empresas. Nesta quarta-feira (29), os técnicos da Saúde estarão vacinando os alunos do Hospital Universitário, da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

As doses disponibilizadas em Londrina no sistema público de saúde foram cedidas pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa). A campanha é realizada em 30 municípios do Estado que têm maior risco para a dengue e que vêm enfrentando epidemias. Em 28 municípios, a população vacinada abrange pessoas entre 15 e 27 anos de idade, faixa etária que concentra 30% do total de casos de dengue no Estado. Em Paranaguá (Litoral) e Assai (Região Metropolitana de Londrina), o público-alvo da campanha vai de 9 a 44 anos, porque os dois municípios enfrentaram as piores epidemias do Paraná em 2015/2016. Esses municípios registraram mais de 8 mil casos de dengue por 100 mil habitantes, o que motivou ampliar a faixa etária que será imunizada. Segundo balanço divulgado pela Sesa no dia 24, foram aplicadas 148 mil vacinas, sendo 98 mil referentes à segunda dose e 50 mil para pessoas que não foram vacinadas na primeira etapa da campanha.

A chefe do Centro estadual de Epidemiologia, Júlia Cordellini, ressalta que essa também é a última oportunidade para quem não tomou a primeira dose receber a vacina. "A terceira etapa está programada para acontecer em setembro. Naquele período só será possível aplicar as segundas e terceiras doses da vacina. A primeira não será mais oferecida", enfatiza.

Júlia afirma que a vacina é extremamente segura e é resultado de 20 anos de estudos. "Ela tem eficácia comprovada e protege contra os quatro sorotipos da dengue. Desde o início da campanha no ano passado, não tivemos nenhum relato de efeito adverso moderado ou grave. A vacina só traz benefícios para a saúde", completa.

A vacina é indicada para a prevenção da dengue causada pelos sorotipos 1, 2, 3 e 4, protegendo contra os quatro tipos de dengue que circulam no País. Ela não pode ser aplicada em gestantes; mulheres que amamentam; pessoas com baixa imunidade congênita ou adquirida; e pessoas em tratamento com corticoides em dosagens elevadas e prolongadas.