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| Foto: Divulgação


Com a economia em baixa, a indústria automobilística está se renovando e desenhando novas estratégias para manter o mercado aquecido. Na Citroën o planejamento foi retirar de linha o C3 Picasso e reformular o Aircross, unindo as características dos dois veículos. A ação resultou em um SUV mais versátil, moderno e econômico, mantendo estilo, conforto e espaço de antes.
A reportagem da FOLHA testou a versão Aircross Feel, com motor 1.6 flex, câmbio automático de quatro velocidades de valor a partir de R$ 65.590. Além desta, há mais cinco versões que variam entre R$ 51.490 e R$ 71.690. Segundo Fabrício Savariego, consultor de vendas da Vernie Citroën em Londrina, o valor é bastante atrativo. "Ele ficou muito bem posicionado, porque o preço dele está abaixo do concorrente, com o custo-benefício muito bom, sem perder as boas características." Então rodamos para experimentar as novidades que o SUV oferece.
O sistema tecnológico é um dos itens que entraram para somar. O novo Aircross vem com central multimídia em tela touch screen de 7 polegadas e carrega os recursos de áudio, navegação e conectividade. O destaque vai para a função Mirror Screen, que duplica a tela do celular para a central multimídia. Conectamos nosso smartphone Android por Bluetooth e tivemos acesso à agenda, histórico e fizemos chamadas, que fluíram tranquilamente.
O motor da versão Feel desenvolve 115 cv a 6.000 RPM e 15,5 kgfm de torque a 4.000 RPM à gasolina, combustível utilizado no teste. Em ambiente urbano, o sistema acusou 9,4 km/l em trânsito leve, alternando entre vias rápidas e lentas. Passamos por buracos e desnivelamentos de asfalto e percebemos que o veículo não deixa penetrar os barulhos e trepidações. Em retomadas, o veículo leva um pouco mais de tempo para responder, mas tem bom rendimento em seguida.

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O câmbio teve um reposicionamento em comparação ao modelo anterior, então a troca de marcha está mais rápida. O sistema hidráulico foi substituído pela direção elétrica e essa foi uma escolha muito acertada, a facilidade de manobrar o carro é surpreendente, o volante desliza e o estacionamento é facilitado com o auxílio da câmera de ré e sensor.
Na estrada, o sistema acusou 12,8 km/l. A direção fica um pouco mais pesada para manter a estabilidade. O SUV atinge boa velocidade, mas perde força nas subidas, onde as trocas de marchas ficam mais perceptíveis. Fizemos um trajeto curto fora da estrada e pudemos perceber que ele reage bem em solo pedregoso, isso porque o Aircross ganhou nova definição no conjunto de suspensões e nova barra estabilizadora. Por ser um SUV, está apto para passar por esse tipo de solo - e o faz muito bem - mas não possui tração para aventuras mais radicais.
As alterações resultaram em um carro mais econômico. "Em relação a 2015, ele está 15% mais econômico com o reposicionamento de câmbio e ajustes na direção", indica Savariego. E nesse quesito teve realmente um salto. Em 2015 algumas versões tiveram nota D e nenhuma A na avaliação de consumo de combustível do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Já em 2016, todas as versões vieram com o selo A, além do botão ECO nas linhas automáticas, que reduz em até 5% o trajeto urbano.
A estratégia de mercado também refletiu no pós-venda, a Citroën fixou os preços das revisões. "É um diferencial, um passo que estamos dando. Enquanto alguns sobem os preços, a Citroën está abaixando", afirma o consultor. As três primeiras revisões agora ficam em R$ 365 cada e dentro do período de garantia de três anos a marca disponibiliza assistência, independente da quilometragem.
O Aircross tem como concorrentes o Ford Ecosport e o Renault Duster e promete ser forte competidor com a reformulação do modelo e estratégia da marca. Entre as vantagens, espaço interno, custo-benefício e opcionais de série se destacam. É um veículo preparado para a família urbana, oferecendo conforto com estilo e economia.

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