O doutorando Gabriel Briganó, de 29 anos, consegue aliar a carreira aos estudos acadêmicos desde que concluiu a graduação em Ciência da Computação pela UEL. Atualmente, ele atua como consultor do Senai Londrina e é doutorando em Tecnologia da Informação (TI) na Unicamp. Para ele, a visão de que cursos stricto sensu são apenas para quem pretende ser professor está mudando.
"Concordo que pouca gente da área faz, mas tem uma série de fatores. Primeiro, a predisposição da pessoa; outro fator é que o valor dos cursos é elevado e, às vezes, falta conhecimento da oferta", explica. Para Briganó, a busca por aperfeiçoamento vem de um anseio pessoal e os benefícios colhidos na pós-graduação refletem em uma melhor atuação profissional.
"A gente fica preso a determinadas práticas, determinadas tecnologias, e quando a gente vai para uma pós, seja acadêmica ou profissional, acaba tendo contato com profissionais que trazem outras experiências. Abre um pouco a nossa cabeça", revela. Para ele, o fato de a TI ser uma área transversal – ou seja, necessária para diversos outros setores – amplia o leque de opções dos profissionais.
"A TI cruza todas as áreas produtivas, então, quem quiser se profissionalizar em outras áreas com certeza vai agregar valor. Há uma carência grande do mercado de profissionais que entendam de TI e de outras áreas", afirma. O mestrado de Briganó foi sobre governança em TI e no doutorado ele está abordando o tema cidades inteligentes (smart cities). Após a conclusão, ele espera agregar valor, também, à empresa em que atua.
"A empresa sempre me apoiou muito, tem um incentivo, às vezes com liberação parcial ou mesmo com uma bolsa, para deslocamento", conta. Para ele, o incentivo à educação continuada deve ser parte da política das corporações. (C.F.)

Imagem ilustrativa da imagem Valor como profissional
| Foto: Saulo Ohara
Gabriel Briganó escolheu o tema cidades inteligentes (smart cities) para o doutorado: agregando valor à carreira e à empresa em que atua