A pedagoga Claudete Lourenço, de 50 anos, nunca parou de estudar. Após o término da graduação, emendou várias especializações, além de atuar no ambiente acadêmico como coordenadora de escola particular e professora estadual. Atualmente, está se especializando em Educação Especial Inclusiva por meio de um curso a distância da Unopar. A opção pela modalidade EaD harmonizou bem com a agenda atribulada da pedagoga.
"Não daria para fazer uma pós-graduação que comprometesse os finais de semana. Às vezes estudo no meu horário de almoço, tento antecipar as coisas. Faltam seis meses para começar o TCC, mas eu já iniciei, para poder organizar meu tempo", conta Claudete. Assim como ela, milhões de brasileiros têm optado por cursos a distância – 1,2 milhão em todos os níveis de educação continuada, de acordo com o último Censo da Educação Superior.
A educadora física Cristiane Pereira Baricati, de 40, optou pela especialização em Educação Física na Escola na modalidade EaD pelo mesmo motivo. Os encontros presenciais ocorrem apenas para a realização das provas e apresentação do trabalho de conclusão.
"Eu aproveitei a oportunidade do EaD para ter o meu tempo para estudar e acompanhar meus filhos no colégio. Também não conseguiria fazer uma pós aos finais de semana, mesmo a cada 15 dias, porque trabalho aos sábados", explica. Cristiane ressalta, porém, que o curso a distância, embora flexível, exige comprometimento e disciplina.
"O curso é dividido em duas etapas, cada disciplina tem duas avaliações virtuais, a monografia é igual a presencial, com normas da ABNT, e tem que fazer a defesa para a banca", compara. Segundo ela, o ideal é reservar uma hora diária para garantir o cumprimento do conteúdo. Com o benefício de poder fazer isso sem sair de casa.

FOCO
A gerente de recursos humanos da Admita RH, Daiane Lucas, ressalta que os cursos de pós-graduação exigem alto investimento, não apenas financeiro, mas de tempo. Por isso, o profissional precisa ter clareza de objetivos ao fazer a opção.
"Se vou fazer tenho que entender exatamente onde quero chegar com o curso. Conhecimento nunca é demais, mas tem que ter foco", orienta.

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Claudete Lourenço, pedagoga: agenda atribulada estimulou opção por especialização a distância