Curitiba é a cidade paranaense com a maior concentração de descendentes japoneses – cerca de 32 mil pessoas –, e a segunda do Brasil, por dois motivos. O primeiro foi a expulsão dos japoneses do Litoral durante a Segunda Guerra, o que colaborou para que grande parte continuasse na Capital mesmo após o fim do conflito. Já o segundo e mais representativo é o da busca pela escolaridade. ‘‘Os filhos vêm em busca de estudo e depois trazem os pais’’, explica a pesquisadora Sidinalva Maria
Wawzyniak.
  ‘‘São poucos na minha faixa etária que nasceram em Curitiba. A maioria veio para estudar e ficou’’, observa Rui Hara, de 50 anos, secretário Municipal de Governo de Curitiba. Neto de japoneses, Hara lembra que seu pai via no estudo uma forma de livrar os filhos do trabalho braçal.
  A imigração japonesa no Paraná pode ser classificada em três. O primeiro momento é o da chegada de grupos independentes que formaram as colônias do Litoral. O segundo é o da compra incentivada de terras no Norte do Estado com financiamento do próprio governo japonês a partir da década de 30. E o terceiro é o da convergência da comunidade japonesa para a Capital. (D.R.) n