Um outro Japão esquecido por muitos nipo-brasileiros e que não existe mais nas ilhas que formam aquele país renasce, no Brasil, sob o sol de uma geração que pretende manter vivas as tradições dos ancestrais.
  ‘‘Houve um apagão e um pulo da primeira geração para a terceira e quarta gerações, que gostam de cultivar a cultura dos nossos avós. Provavelmente porque, antigamente, os pais obrigavam os filhos a aprender a língua japonesa e as tradições. Na nossa formação não existe essa obrigação’’, acredita o farmacêutico André Yukio Tsukamoto, 24 anos, integrante do grupo londrinense de dança Jinshin.
  Tsukamoto e os amigos, o estudante Alexandre Higashi, 21 anos, e o cientista da Computação, Marco Mitsuaki Motoyama, 30 anos, consideram quase uma missão o resgate das tradições. Eles fazem parte do Jishin, grupo que além do taiko faz apresentações de shamisen, uma instrumento antigo japonês semelhante ao banjo.
  Para o estudante, os mais novos podem aprender com a história japonesa repleta de exemplos de esforço e superação.
  ‘‘Os japoneses recuperaram o país, depois da Segunda Guerra Mundial. Isso é motivo para a gente querer seguir’’, afirma Higashi, lembrando que os jovens que se interessam pela tradição japonesa estão atrás do Japão antigo, ressaltando que o país, atualmente sofre uma influência grande norte-americana.
  ‘‘Cada cultura surgiu com as suas próprias características, sendo prevervadas até o fenômeno da globalização. O nosso objetivo é manter a cultura do jeito que era antigamente, mostrando o tipo de vida, a dança e música dos nossos avós’’, conclui Tsukamoto. (F.L.)