As lareiras continuam como objeto de desejo quando se pensa em casas quentinhas no inverno
As lareiras continuam como objeto de desejo quando se pensa em casas quentinhas no inverno | Foto: Divulgação



O inverno está próximo e para deixar os ambientes mais quentinhos vale dar um toque especial na decoração. Em 2017, uma das tendências são os tecidos de pelo alto. Valem para tapetes, almofadas, xales, mantas. Cores quentes e iluminação com lâmpadas amarelas também deixam os espaços mais aconchegantes. E para aqueles que querem investir numa peça de design bonita e que promete aliviar o frio, a dica é a lareira ecológica.

A design de interiores Loliane Andrian destaca que um dos principais atributos desse tipo de lareira é a funcionalidade, já que ela pode ser móvel e compor tanto ambientes internos como externos. Outra vantagem é que elas utilizam o etanol, fonte de energia renovável, e não precisam de tubulação específica para a instalação. Também não emitem fumaça, fuligem ou odores, o que é interessante principalmente no caso de apartamentos. "É mais segura que as tradicionais, além de modernas e elegantes", aponta.

O gerente do Planeta Gourmet Churrasqueiras em Londrina, Fábio Gonçalves Militão, explica que também existe o modelo a gás. Para acionar as chamas, basta apertar um botão. "É como ligar um fogão", compara. Estes equipamentos vêm com um dispositivo de segurança para, quando o fogo apagar, cortar automaticamente a emissão de gás. Alguns modelos incluem até controle remoto. Militão afirma que a eficiência do aquecimento vai depender da metragem cúbica do espaço e tamanho da lareira. "Elas aquecem num raio de dois a três metros. Se o ambiente tiver pé direito alto, demora um pouco mais", avisa.

Os modelos ecológicos são um pouco mais caros do que os tradicionais, porém a instalação é simples e barata. Já a lareira a lenha tem um preço mais acessível, porém a mão de obra é mais cara. Para se ter uma ideia, o preço médio de uma lareira a etanol é de R$ 2,5 mil; o modelo a gás pode custar entre R$ 5 mil e R$ 7 mil; já a tradicional pode variar entre R$ 4,5 mil e R$ 8 mil, dependendo do acabamento escolhido. Outro diferencial das ecológicas é a manutenção, pois são mais simples de limpar. Já com relação à durabilidade, quem ganha é o modelo tradicional. "Ela dura, em média, 15 anos e é a preferida dos londrinenses", garante.

MODA E ARQUITETURA
As arquitetas da E3 Arquitetura, Cláudia Grassano Ortenzi e Marcela Baioni Garcia lembram que a cor de 2017 é a Greenery, um tom amarelo-esverdeado, que combina com cores muito utilizadas no inverno, como o marrom – do couro e da madeira, por exemplo. A dica, no entanto, é apostar em ambientes neutros e deixar as cores para serem usadas no complemento da decoração, como as almofadas, por exemplo. "São peças fáceis de serem trocadas", justifica Cláudia.

Muita coisa da moda se reflete na arquitetura. O veludo, tendência nas passarelas e presente em peças de roupas e calçados neste inverno, também está em alta na decoração, assim como o tricô e as peles sintéticas. Como Londrina não tem longos períodos de frio intenso, a sugestão para deixar os ambientes mais aquecidos é usar e abusar de tapetes e mantas nos quartos e na sala. Os tapetes, além de decorar, evitam o contato direto com o piso gelado. Os carpetes também são uma boa aposta. "São aconchegantes e ainda ajudam na acústica", afirma Marcela.

Aquecedores portáteis são boas soluções para deixar os ambientes mais quentinhos e, segundo Marcela, têm sido usados até por restaurantes em espaços externos. Outra dica para quem mora em bairros mais frios é instalar piso aquecido nos banheiros, segundo Cláudia. "Pelo termostato é possível controlar a temperatura e a vantagem é que o ambiente todo fica aquecido, não apenas o chão", garante. Para quem não está disposto a investir em grandes mudanças, as arquitetas lembram que cachepots com velas ou mesmo castiçais, além de deixar os espaços mais intimistas, também aquecem.