Imagem ilustrativa da imagem Três anjos e uma criança
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Durante um encontro de amigos, chamou-me a atenção uma graciosa criança que eu via pela primeira vez. Minha amiga Silvia disse-me: "Esta menina é um milagre de Deus".

No dia seguinte, Taís me contou a história da Cecília.

A história começa em 2011. Com sete anos de casamento, Taís não conseguia engravidar. Certo dia, no entanto, após sofrer um pequeno sangramento e ter um atraso de ciclo, resolveu fazer um teste de farmácia. O resultado, para sua grande surpresa e alegria, foi positivo.

Na mesa de ultrassom, tristeza: ela realmente tinha engravidado, mas aquele pequeno sangramento fora um aborto espontâneo. Notícia triste, mas com um lado bom, pois agora ela sabia que era capaz de gerar uma criança.

Nesse meio-tempo, Taís converteu-se. Próxima de Jesus e Maria, cultivou uma vida de oração, que veio a ser para ela uma segunda natureza. Em março de 2012, descobriu que estava grávida outra vez. Com 21 semanas de gestação, durante um exame de ultrassom, constatou-se uma severa perda de líquido da placenta. Taís descobriu sofrer de uma doença chamada IIS, insuficiência istmo-cervical. Perdeu o bebê. "Foi uma tristeza sem fim, mas eu sentia a proximidade de Deus. De alguma forma, tudo aquilo fazia sentido".

Em janeiro de 2014, engravidou novamente. Porém, no dia seguinte, sofreu o terceiro aborto espontâneo.

Taís tinha duas opções: ficar em casa deprimida ou lutar. "Escolhi lutar. Alguma coisa me dizia para eu não desistir." O marido e a família lhe deram todo apoio — e flores para uma mulher forte.

Foi então que veio a notícia de sua quarta gravidez. Depois de uma cirurgia de cerclagem, permaneceu quase sete meses em casa, com as pernas em posição elevada, sem fazer nenhum tipo de esforço físico. No ultrassom, ao descobrir que estava esperando a Cecília, ganhou uma imagem da Mãe Três Vezes Admirável de Schoenstatt. "Eu vivia única e exclusivamente para gerar outro ser. Abdiquei de tudo para viver aquele momento."

O momento durou vários meses de muita angústia e esperança. Sua irmã Silvia nunca se esquecerá do dia em que foi comprar o livro "As Primaveras de Maria" e um homem estranho lhe disse: "Meu nome é Carlos. Você não me conhece, mas Deus me conhece. Ele está me pedindo para dizer que esse bebê vai nascer e será um milagre de Deus".

Cecília nasceu com 30 semanas de gestação, em 26 de setembro de 2015, no começo da primavera. Tinha apenas 1 quilo e 265 gramas. Ficou 53 dias no hospital, período de intensa oração e luta. "Hoje ela é esta criança linda e alegre. Eu olho para a Cecília e vejo o amor de Deus."

Taís hoje não se considera apenas mãe de Cecília. "Tenho minha filha comigo e três anjos no Céu. Se um dia você duvidar que Deus existe, olhe para a Cecília e ore pelos meus três anjos."

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