Imagem ilustrativa da imagem Quem não obedece não come
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Durante a maior parte da minha vida adulta, venho lutando contra as ideias políticas do campo esquerdista. Como os meus sete leitores já sabem, até os 30 anos de idade fui militante e defensor do socialismo. Não é o caso de aprofundar aqui as razões da minha mudança; limito-me a dizer que três palavras básicas me afastaram da esquerda: imposto, imposição e impostura. Imposto é tudo aquilo que a esquerda tira de nós (não apenas dinheiro); imposição é tudo aquilo que a esquerda quer nos obrigar a fazer; impostura é o conjunto das mentiras que a esquerda pretende erigir como verdades absolutas e obrigatórias.
Ao longo dos últimos 15 anos, muitos amigos (e outros nem tanto) disseram que eu estava paranoico ou delirante quando apontava o perigo esquerdista. Hoje posso dizer, com toda segurança, que o estrago foi, é e será muito maior que o previsto. Os acontecimentos da última semana mostram que uma nova e sangrenta fase da revolução socialista está em curso na América Latina. Na Venezuela esfomeada e escravizada por Maduro, a polícia política ignorou um claro pedido de rendição e matou Oscar Pérez, líder da resistência à ditadura. Na Bolívia dominada por Evo Morales, uma nova legislação criminaliza as religiões cristãs e transforma qualquer crítica ao governo em crime de lesa-pátria. Evo, que certa vez presenteou o papa com uma cruz em formato de foice-e-martelo, vai exigir dos cristãos bolivianos a mesma declaração de fidelidade que Stálin, Hitler e Mao Tsé-tung extorquiram de seus compatriotas.

No Brasil, lideranças do PT e outros movimentos ameaçam abertamente o Tribunal Regional Federal de Porto Alegre, que na próxima quarta-feira julgará o líder supremo da esquerda nacional. Se Lula for condenado ou preso — ameaçam eles —, o país vai virar um inferno e correrá sangue pelas ruas. Resta evidente que as ações na Bolívia e na Venezuela ensaiam aquilo que se pretende fazer no Brasil: um ataque sistemático a tudo aquilo que represente oposição aos "justiceiros sociais". E os alvos deste ataque somos nós, o povo brasileiro: nossa família, nosso trabalho, nossa casa, nossa liberdade.

Olavo de Carvalho já disse: se Lula não tivesse roubado um centavo, já seria um criminoso apenas por apoiar e sustentar uma ditadura genocida como a da Venezuela. O plano agora — saibam todos — é implantar essa mesma ditadura no Brasil. Se o plano vingar, todos os que se opõem serão presos, perseguidos ou condenados à penúria. É como escreveu com sinceridade um velho líder comunista, há 81 anos: "Em um país em que o único empregador é o Estado, oposição significa morte por lenta inanição. O velho princípio ‘Quem não trabalha não come’ foi substituído por outro: ‘Quem não obedece não come’".

Como dizia Paulo Francis, a melhor propaganda anticomunista é deixar o comunista falar.

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