Imagem ilustrativa da imagem O partido da droga e a droga do partido


Não é a primeira vez que a coluna Avenida Paraná relata casos de pais e mães desesperados por terem perdido a autoridade moral sobre seus filhos. A sensação comum entre essas pessoas é a de uma profunda angústia, uma dor insuportável por estarem perdendo aqueles que mais amam no mundo.

Os pais não simplesmente perdem os filhos; eles os perdem para alguém ou alguma coisa. Nos casos em tela, os pais perdem os filhos para as drogas ou para a ideologia política. Ou para o tráfico de entorpecentes ou para o tráfico de imbecilizantes.

Há 65 anos, o Padre José Kentenich, um dos maiores pensadores da educação em nosso tempo, já alertava sobre os perigos do aproveitamento político da crise de autoridade paternal. Segundo Kentenich, uma sociedade que não busca as raízes familiares do princípio de autoridade está condenada à servidão política e ideológica.

Por falar em servidão, hoje passei pela frente da Câmara de Londrina, que até o início da tarde estava "ocupada" (na verdade, invadida) por um grupo de 30 adolescentes. Na parede externa do prédio, havia muitas faixas. Uma delas me chamou a atenção, é a que você vê acima: Fora Temer Golpista. Note que o "o" da palavra golpista reproduz o símbolo da TV Globo.

Esses garotos estão sendo levados a acreditar que o impeachment e a fragorosa derrota da esquerda nas urnas foram obra do que chamam de mídia golpista. E quem os levou a repetir como papagaios essas mentiras? Ora, justamente aqueles que foram retirados constitucionalmente do poder após destruírem o País. Fracassando na tentativa de enganar mais uma vez os adultos, agora apelam às crianças. É a servidão ideológica diante de nossos olhos.

Há um velho ditado francês para a resolução de casos misteriosos: "Cherchez la femme" (Procurem a mulher). No caso brasileiro, poderíamos dizer: "Cherchez le petiste". Por trás de toda palhaçada no cenário político-policial brasileiro, sempre há um ou vários companheiros de viagem esquerdistas.

A exemplo da mãe desesperada da crônica de hoje, eu não sei o que é pior: o partido da droga ou a droga do partido.