Imagem ilustrativa da imagem O Natal de Karl Marx
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Se Karl Marx saísse de seu túmulo no cemitério londrino de Highgate e desse uma espiada no Natal de 2017, acho que ficaria satisfeito, o velho barbudo. Nas principais páginas das redes sociais, nos principais destaques da mídia internacional, nos círculos formadores de opinião, nas rodas chiques
e falantes, nas universidades e na indústria de entretenimento, o principal nome da festa vem sendo esquecido, apagado, omitido, quando não francamente censurado. Para os donos do mundo, Natal bom é Natal sem Jesus. Marx aprovaria!

O Natal do Papai Marx a gente já sabe como é: um Natal de fome, tortura, desespero e escravidão. Basta olhar para a história do último século, com mais de 100 milhões de mortos pelo sistema mais assassino de todos os tempos. Mas acreditem, meus sete pacientes leitores: até hoje temos intelectuais e acadêmicos que confundem o idealizador do comunismo com o Bom Velhinho. Não sei se é a barba, se é roupa vermelha ou o saco repleto de mercadorias: só sei que confundem.

Como a experiência marxista revelou-se um gigantesco fracasso — basta olhar na testa de Lênin a lista dos países em que o socialismo deu certo —, os revolucionários agora mudaram a estratégia. Enquanto se enriquecem com a economia de mercado, recebem altos salários pagos pelos impostos e usufruem as delícias do poder, eles tentam destruir tudo aquilo que você mais ama: sua família, sua fé e seus princípios.

De vez em quando, os donos do país inventam um sucedâneo de Papai Noel, para garantir as facilidades que sempre tiveram. É o caso do Gilmar Noel, aquele juiz supremo que soltou Zé Dirceu, liberou Aécio, absolveu Dilma-Temer, soltou Abdelmassih e só não vai soltar o voto impresso porque não interessa a eles. Tudo isso, anotem aí, para poder soltar o Chefe sem maiores traumas na hora adequada.

É óbvio que o Natal deve ser uma festa simples, sem ostentação ou consumismo. Mas isso não significa que somos proibidos de presentear nossas crianças, ou de reunir a família, ou de celebrar com alegria o nascimento do Salvador. Não significa que as lojas do comércio devem se abster de vender produtos e gerar empregos; não significa que as ruas devem ficar tristes e mal iluminadas; não significa que vamos silenciar os cânticos e esconder os sorrisos. Sabe quem quer tristeza no Natal? Ele mesmo: o diabo.

O Menino Jesus nasceu em uma manjedoura, durante o reinado daquele que foi o maior imperador romano e um dos homens mais poderosos de todos os tempos. Quando, já adulto, Jesus expulsou os vendilhões do Templo, não estava querendo dizer que o comércio é crime, até porque era filho adotivo de um artesão que vendia seu trabalho. Jesus estava simplesmente mostrando que o espírito está acima da matéria, que o Menino na manjedoura é mais importante que o César do poder político. Da mesma forma Ele expulsaria hoje todos aqueles que querem fazer a revolução a partir das escolas e dos templos do saber.

Neste Natal, não escolha Marx, não escolha César, não escolha Gilmar, não escolha Fidel, não escolha Soros. Escolha o Menino!

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