Curitiba - O governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), confirmou nessa quarta-feira (2), durante a primeira reunião do secretariado, no Palácio Iguaçu, a exoneração de aproximadamente três mil funcionários comissionados da administração. Ele também anunciou o corte de 20% nas despesas de todas as 15 pastas, a revisão dos contratos assinados nos últimos 60 dias, como o chefe da Casa Civil, Guto Silva (PSD), já havia adiantado, e a devolução do avião do Executivo.

"Queremos implantar uma agenda positiva de ações. Uma delas já anunciamos, que foi a diminuição das secretarias de 28 para 15, por compromisso com a população e por necessidade. Entendemos que quanto mais a máquina estiver enxuta mais dinamismo teremos para prestar serviços. A outra foi o decreto de exoneração dos comissionados. Geralmente os governos que estão saindo fazem, livrando esses espaços para quem está entrando. Isso não foi feito e nós respeitamos a decisão, mas vamos fazer", afirmou.

De acordo com Ratinho, ainda não se sabe quantos servidores serão contratados ou recontratados, nem se haverá de fato redução. "Vamos, obviamente, colocar pessoas nessas áreas (...) O Paraná é o Estado com menos cargos comissionados no Brasil. Esse é um dado interessante e positivo. Para se ter uma ideia, o Distrito Federal tem 16 mil. O que vamos fazer ao longo dos dias é potencializar alguns cargos. Para você trazer um bom profissional de mercado, em áreas estratégicas, tem de oferecer uma remuneração condizente. A ideia não é a extinção, mas remanejar questões financeiras", explicou.

CONTRATOS E LICITAÇÕES
Sobre a revisão nos contratos e licitações, ele reforçou que pretende analisar tudo o que foi feito, para determinar o que é necessário e prioridade e o que pode ser descartado, de forma a remanejar recursos para outros setores. "E temos também uma decisão tomada junto ao secretário da Fazenda [Renê de Oliveira Garcia Júnior], que é diminuir em 20% o custo de todas as secretarias. Os secretários vão ter a missão de enxugar, de segurar gastos, em especial despesas fixas, para que a gente possa fazer um bom caixa para o governo e honrar os compromissos que assumimos com a população".

No caso da aeronave, o governador lembrou que o Executivo já mantém um convênio com a Copel (Companhia Paranaense de Energia), de compartilhamento. "Vamos renovar esse convênio. Não tem necessidade de ter dois aviões". Questionado se não teria usado o avião do governo para viajar a Brasília na terça-feira (1º), quando acompanhou a posse do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), Ratinho respondeu que sim, mas porque o da Copel está em revisão. "Fica pronto no dia 7. E o contrato também está vigente; já foi pago".