O juiz da 2ª Vara Criminal de Londrina, Delcio Miranda da Rocha, negou na última sexta-feira (13) o pedido da defesa do empresário Luiz Guilherme Alho, réu na Operação ZR-3, de voltar a frequentar o prédio da prefeitura. Na decisão, o magistrado disse que o impedimento "se mostra necessário e adequado para evitar a repetição de fatos delituosos, bem como a gravidade concreta do que consta na denúncia, considerando que a medida busca evitar que tenha contato com outros agentes públicos".

Imagem ilustrativa da imagem Justiça mantém réu da ZR-3 impedido de entrar na prefeitura
| Foto: Ricardo Chicarelli

Luiz Alho foi acusado pelo Ministério Público junto com mais 13 pessoas, como os vereadores Mário Takahashi (PV) e Rony Alves (PTB), de organização criminosa, corrupção ativa e passiva por supostamente integrar um grupo que trabalhava para alterar o zoneamento de áreas na cidade. Chegou a ser preso pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) no decorrer das investigações, mas conseguiu um habeas corpus e deixou a cadeia em março de 2018.

Segundo o advogado Luciano Molina, por ter negócios no ramo de loteamentos, Alho precisaria frequentar as secretarias municipais para "acompanhar seus projetos que estão em andamento. O trabalho dele é técnico, não político", declarou à reportagem quando protocolou o recurso para derrubar a proibição de acesso. Procurado pela FOLHA nesta segunda-feira (16) para comentar o despacho judicial, ele informou que não vai se manifestar neste momento porque ainda não foi intimado.

"Não há nada a rever na medida cautelar imposta ao fiscalização, que se justifica em razão da gravidade do fato, da reiteração delitiva e como excepcional imposta em substituição à prisão preventiva. O término da fase de instrução, nesse sentido, não traz maiores consequências, devendo a questão ser eliminada por ocasião da sentença", afirmou o juiz.