Encontrar o tratamento ideal para cada caso é um trabalho hercúleo. O contato interpessoal entre o paciente, o médico e o psicólogo é muito importante. Além da questão social, ainda é preciso achar o medicamento ideal e a dose correta. Todo o trabalho requer uma série de fatores que incluem paciência, disciplina e confiança por parte do doente, além da solidariedade e do apoio de quem convive. Existe o atendimento na rede pública, assim como há oferta de tratamento psicológico gratuito. Os Caps (Centros de Atenção Psicossociais) são a referência pública para as doenças mentais. Em Londrina, as pessoas que apresentam os sintomas devem ser levadas ao Caps 3, na rua Alba Bertoleti Clivati, 186, no Conjunto Alto da Boa Vista (3378-0121). Já as crianças devem ser encaminhadas para o Caps Infantil, na rua Joá 46, na Vila Nova (3379-0739). A UEL tem a sua Clínica Psicológica, que, além do acompanhamento, oferece atendimento emergencial. As informações estão disponíveis no telefone 3371-4237. A fila de espera para atendimento é grande, as últimas informações são de 800 pessoas esperando por uma consulta, mas as portas estão abertas. Não há cobrança, pede-se apenas que levem doações para ajudar no funcionamento da clínica. Somente em 2017, a clínica fez 9.220 atendimentos, sendo 7.722 individuais e 1.498 grupais. "Os atendimentos foram realizados prioritariamente por discentes de graduação, mas contou-se também com o atendimento de alunos da pós-graduação, lato e stricto sensu, e colaboradores externos vinculados aos projetos de ensino, pesquisa e extensão", explica a diretora do serviço, a professora Maíra Bonafé Sei. Entre as principais queixas estão ansiedade/insegurança/medo (28,17%) e depressão/melancolia (20,76%).

Imagem ilustrativa da imagem Tratamento e uma palavra de apoio



Outro apoio importante de caráter emergencial é o CVV (Centro de Valorização da Vida). Atualmente o atendimento em Londrina é feito apenas pelo telefone 188, e mais informações podem ser obtidas no site www.cvv.org.br. O principal trabalho dos voluntários é ouvir quem precisa de acolhimento. Na cidade existem 37 voluntários que se revezam ao telefone e outros sete novos integrantes vão ingressar no time em janeiro. "Além do atendimento telefônico, estamos à disposição da sociedade para dar palestras e falarmos de prevenção ao suicídio. O CVV já faz seu trabalho em Londrina há 38 anos e estamos prestes a ter uma nova sede", explica o empresário Aparecido Carlo Beltrami, 68, responsável pela instituição na cidade. O novo imóvel deverá ser cedido pela prefeitura na região da avenida Leste-Oeste. A partir da instalação, a CVV irá promover campanhas para equipar a instituição para que possa fazer atendimentos presenciais. Para marcar palestras com os voluntários, o contato é pelo e-mail [email protected]. "Em 90% das ligações conseguimos que a pessoa se acalme, fale e procure uma ajuda. É gratificante fazer esse trabalho", afirma Beltrami, ciente de que faz sua parte.(P.M.)