Autor de crime na Rocha Pombo confessa homicídio no Bosque Central

O rapaz de 21 anos preso pela Polícia Civil na noite desta terça-feira (22), que confessou ter estrangulado Hannan Silva, também de 21, encontrado morto na praça Rocha Pombo, em Londrina, também assumiu a autoria de outro homicídio, ocorrido no Bosque Municipal de Londrina no dia 14 de outubro, afirma o delegado chefe da 10ª SDP (Subdivisão da Polícia Civil), Osmir Ferreira Neves.

O suspeito foi autuado por latrocínio, que é o roubo seguido de morte, pelo crime desta terça. Ele permanece preso no antigo 4º DP, na avenida Dez de Dezembro.

Durante interrogatório prestado ao delegado William Douglas Soares que a FOLHA teve acesso, responsável pelo caso, o jovem afirmou que agiu em legítima defesa. "Eu estava lá sentado (praça e local do crime) quando o cara (supostamente Hannan) veio e queria fazer sexo oral. Depois que tudo começou, ele pegou no meu braço e começou a me apertar. Começamos a brigar, dei um mata-leão (golpe) e um soco e fiquei até morrer. Ele queria me matar", informou.

No interrogatório inicial, o rapaz disse que "não tem nada a ver com o caso do Bosque", sem sequer ser questionado pela polícia. "Não sou psicopata", disse, referindo-se a morte de um chef de cozinha no dia 14 de outubro. Ele foi encontrado com um cadarço amarrado no pescoço. A situação é investigada pela Delegacia de Homicídios.

Crime na Rocha Pombo

Hannan Silva fazia cursinho e trabalhava à noite no cinema de um shopping na zona leste. Deixava o trabalho às 23 horas e costumava voltar para casa a pé. Nesta segunda (21), ao sair esse horário, não chegou em casa. A família dele chegou a colocá-lo como desaparecido e divulgar fotos nas redes sociais à procura do jovem. Mas, no início da tarde, em meio a um grande grupo de pessoas que observavam os policiais isolarem a fonte da praça Rocha Pombo, o irmão de Silva identificou o corpo.

A Polícia Civil ainda não soube precisar o horário da morte do jovem, mas relatou que ele foi enforcado. Na madrugada em que o rapaz já tinha sido dado como desaparecido, policiais militares encontraram o celular dele com um andarilho na rua Rio Grande do Norte, que é o mesmo jovem que confessou o assassinato.

O velório de Hannan Silva acontece no Parque das Allamandas, mesmo local de sepultamento.