Os moradores do Condomínio Habitacional Duque de Caxias, em Foz do Iguaçu (Oeste), desocuparam, na quinta-feira (28), os 17 blocos que compõem o conjunto entregue em outubro de 2012 como parte do Programa Minha Casa Minha Vida. A Caixa Econômica Federal, responsável pelo projeto, deu o prazo de dez dias, contados a partir do último dia 20, para que as 136 famílias instaladas no local esvaziassem os imóveis no bairro Morumbi. Um laudo elaborado por uma empresa privada em junho de 2017 alertou pelo risco de desabamento da construção erguida pela construtora Loibrás. Desde a entrega, os moradores alertavam problemas como rachaduras e uso de materiais de baixa qualidade.

Havia a expectativa do início da demolição do conjunto a partir de sexta-feira (1º), mas, em meio a pedidos judiciais dos proprietários, a Prefeitura de Foz do Iguaçu ainda não expediu o alvará para o autorizar o serviço. "Todas as famílias do residencial foram retiradas e aquelas com situação regular de propriedade receberão auxílio de aluguel social e mudança. Durante o período de recebimento do aluguel social, os beneficiários terão as parcelas dos apartamentos suspensas", afirmou a Caixa Econômica Federal através de nota. O valor do aluguel é de R$ 890.

Responsável pela obra, a Loibrás foi incluída em uma lista do banco estatal que impede que participe de qualquer outro projeto com recursos governamentais. A Caixa ainda buscou o Ministério Público Federal para que medidas judiciais sejam tomadas. Enquanto recebem o aluguel social, as famílias irão esperar a decisão sobre um novo imóvel parte do Projeto Minha Casa Minha Vida. Cada proprietário do condomínio paga o financiamento em valores que variam entre R$ 25 e R$ 80. A reportagem não conseguiu contato com a construtora Loibrás.