#Ódio nas redes

No último domingo (1), o Fantástico exibiu uma matéria sobre o ódio e comportamentos nocivos nas redes sociais. O gancho da matéria foi a onda de ataques que sofre a cantora Luísa Sonza. Recentemente, Whindersson Nunes, ex-marido da artista, perdeu seu filho João Miguel, recém-nascido prematuro de 22 semanas. Sem nenhuma explicação lógica, alguns fãs do artista culpabilizaram Sonza pela perda e destilaram todo ódio na caixa de mensagens da cantora. A reportagem do Fantástico relatou ameaças de morte e insultos recebidos por Luisa. Em nota, a assessoria da cantora divulgou que Luisa ficará afastada das redes sociais por um tempo para cuidar de sua saúde mental. Além disso, projetos próximos da artista precisaram ser adiados.

Se usuários atacam artistas dessa forma, o ambiente para personalidades políticas é ainda mais hostil. Manuela d’Ávila, candidata à vice-presidência da República em 2018 e à prefeitura de Porto Alegre em 2020, sofre com xingamentos e campanha difamatória por parte de opositores desde as últimas eleições. No início do mês, os ataques foram ainda mais preocupantes. Um pai de um colega de Laura, filha de Manuela, tirou fotos da criança e divulgou em grupos. Dias depois, chegaram ameaças de estupro para a criança de cinco anos e ameaças de morte para a política. Manuela d’Ávila registrou Boletim de Ocorrência e informou sobre o caso em seu Twitter.

Imagem ilustrativa da imagem O ódio venceu? A cura de Covid-19 por água e feijões mágicos?
| Foto: Adriano Ishibashi/FramePhoto/Folhapress

#Água e feijão que curam?

Durante a semana passada, o pastor RR Soares, fundador e chefe da Igreja Internacional da Graça de Deus, foi internado com Covid-19, no Hospital Copa Star, no Rio de Janeiro. Com a notícia, usuários do Twitter resgataram vídeos do religioso abençoando “água” dos espectadores para que os enfermos pudessem vencer a doença. As transmissões ao vivo do pastor traziam relatos de curados com as bênçãos e um placar de curados. Apesar das bênçãos de copos de água serem comuns em transmissões religiosas, as críticas foram tecidas ao comparar o pastor que prometia a cura com o seu estado de saúde atual. No fim do ano passado, outro religioso, o pastor Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial do Poder de Deus, vendia “feijões consagrados” para a cura da Covid-19, com valores predeterminados de até R$1.000. Na ocasião, a Justiça Federal determinou que o Ministério da Saúde avisasse sobre a ineficiência do alimento. Porém, ainda no ano passado, a pasta retirou o aviso do site, sem maiores explicações.

Imagem ilustrativa da imagem O ódio venceu? A cura de Covid-19 por água e feijões mágicos?
| Foto: ISTOCK

#Juliette

No mundo artístico, qual personalidade não iria querer a companhia de alguém com mais de 30 milhões de seguidores? Esse é o cenário que Juliette encontrou fora da casa do Big Brother Brasil 21. Ganhadora do BBB com mais de 90% dos votos, a paraibana recebe um maremoto de convites para parcerias todos os dias. A mais consolidada é com Anitta. Juliette virou amiga da artista e até cuidou da casa de Anitta enquanto a cantora estava fora no país. A foto das duas, postada pela funkeira com o comentário “já virou da família” acumula quase 4 milhões de curtidas e mais de 79 mil comentários, em menos de dois dias. Os portais de fofoca relatam cada passo de Juliette, como forma fácil de ganhar engajamento com o exército de fãs que a vencedora do BBB conquistou. Mesmo um mês depois da final do programa, a paraibana não saiu do centro dos holofotes – mesmo quando buscou tal fuga.

Imagem ilustrativa da imagem O ódio venceu? A cura de Covid-19 por água e feijões mágicos?
| Foto: João Cotta/Globo

#Dória

No início da semana, um vídeo do governador de São Paulo João Dória (PSDB), flagrado tomando sol na piscina de um hotel, no Rio de Janeiro, foi divulgado nas redes sociais. O político foi criticado por estar sem máscara em um local de circulação pública. O governador confirmou a veracidade do registro. Porém, amenizou. Disse que estava em um momento de descanso com a esposa, no feriado de Corpus Christ, e não promoveu aglomeração. O vídeo foi utilizado, principalmente, por políticos aliados a Jair Bolsonaro, como forma de ataque ao governador. No ano passado, João Dória também foi criticado quando tirou licença do governo e viajou de férias para Miami.

Imagem ilustrativa da imagem O ódio venceu? A cura de Covid-19 por água e feijões mágicos?
| Foto: NELSON ALMEIDA / AFP