Mariana Guedes: show marcado pela identidade das mulheres que fazem parte de sua vida
Mariana Guedes: show marcado pela identidade das mulheres que fazem parte de sua vida | Foto: Diogo Melo/ Divulgação



Curitiba – A mulher que "disfarça e segue em frente, todo dia até cansar", sai de cena, para a chegada da que "vira a mesa, assume o jogo e faz questão de se cuidar". Composta por Pitty, a canção "Desconstruindo Amélia" é também a música tema do show que a cantora Mariana Guedes faz nesse sábado (11), às 19h30, no Auditório Antonio Carlos Kraide, antigo Centro Cultural Portão, em Curitiba. Na apresentação, um misto de Rock e MPB, essa curitibana de 29 anos, que há quase dez se mudou para o Rio de Janeiro, retrata o poder e a força das diferentes "Amélias" que passaram por sua vida.

"É um show que fala sobre várias mulheres, várias situações que as mulheres vivem, o que escuto que elas falam – a minha mãe, minhas tias e primas... Cada música é sobre uma história que eu já ouvi. A maioria – não todas – são composições de mulheres ou com participação de mulheres", contou Mariana, em entrevista à FOLHA. "Desconstruindo Amélia' está no repertório também. Conheci por causa de uma aluna minha, que chegou cantando. Faltava uma música para o show e, quando ouvi, logo pensei: ‘é essa que eu preciso". Gestado em 2015, o projeto saiu do papel em junho deste ano e inclui canções próprias, como "Algo mais que o vai e vem", em conjunto com Murilo Cesca e Suely Mesquita.

A cantora e compositora começou na música tocando piano, aos cinco anos. "Depois, com 12, fui dançar. E meu primeiro show aconteceu aos 15. Cantava em bares de Curitiba e no Carnaval de Canoinhas (SC). Mas em 2007 decidi vir para cá (Rio), com a cara e a coragem, fazer Unirio (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Tinha um contato com o Pedro Luis, do Monobloco, e ele me incentivou". Já formada em Licenciatura em Música, Mariana Guedes fez parte do grupo de foliões que fundou o irreverente bloco Fogo e Paixão, com inspiração no cantor brega Wando (1945-2012).

"Toco e canto no Fogo e Paixão, que é muito grande, e no Monobloco faço participações. No ano passado, fui eleita a musa do Carnaval de rua pelo G1", destacou. Na ocasião, "Marimusa" ou "Marideusa", como passou a ser chamada pelos amigos, recebeu 43% dos votos dos internautas do portal, o que lhe conferiu mais visibilidade. Atualmente, a curitibana se diz mais focada na carreira solo, entretanto, ainda encontra tempo para dar aulas de musicalização e canto, além de se dedicar ao Carnaval.

Pelo terceiro ano consecutivo, a paranaense defendeu um samba na Mangueira. "Da primeira vez, eu sofri bastante preconceito. Nesta, já foi diferente; fui muito bem recebida", disse ela, para quem as mulheres estão assumindo seu protagonismo, em todas as áreas. "Eu vejo no Sertanejo as duplas femininas. Antes havia mulheres, mas nunca à frente. E hoje estamos tomando o nosso lugar mesmo. O Fogo e Paixão também tenta trazer essa força feminina. A gente mudou a letra de várias músicas machistas, para chamar a atenção", lembrou.

Serviço:
Show "Desconstruindo Amélia", com Mariana Guedes
Quando: sábado (11)
Horário: às 19h30.
Onde: Auditório Antonio Carlos Kraide (Avenida República Argentina, 3430), no bairro Portão, em Curitiba.
Ingressos: R$40,00.
Mais informações e vendas: (41) 98409-5363 / 98409-5360 / 3013-3934.