Além da virada no final, a derrota do Londrina por 2 a 1 para o Cruzeiro, na noite de terça-feira (9), no estádio do Café, pela 23ª rodada da Série B, ficou marcada por uma confusão envolvendo torcedores, imprensa de Belo Horizonte, jogadores da equipe mineira e a Polícia Militar, após o encerramento da partida.

Imagem ilustrativa da imagem Confusão com radialista e jogadores do Cruzeiro marca derrota no Café
| Foto: Ricardo Chicarelli/Londrina EC

O incidente teve início quando um pequeno grupo de torcedores se posicionou à frente da cabine da rádio Itatiaia, de Belo Horizonte, para hostilizar os profissionais da emissora mineira. Durante a transmissão, o locutor Osvaldo Reis relatou que objetos foram arremessados para dentro da cabine, além de xingamentos e ofensas. Um dos cabos foi arrancado e a transmissão ficou fora do ar por alguns minutos. De acordo ainda com Reis, alguns torcedores tentaram invadir a cabine.

A situação chegou até os jogadores do Cruzeiro no gramado e alguns tentaram subir as escadarias para acessar o setor das cabines, o que foi impedido pela Polícia Militar. Houve empurra empurra entre atletas e policias, que utilizaram gás de pimenta. Jogadores do Cruzeiro reclamaram que foram agredidos e a PM confirmou a agressão a um policial.

"Os jogadores do Cruzeiro quiseram ultrapassar a segurança para irem até o local onde estaria o radialista. Três deles furaram a barreira e os outros foram impedidos pela PM. Foi nesta hora que os policiais foram agredidos e xingados, tendo um dos jogadores desferido um chute contra um policial", informou a PM.

O atacante Edu foi conduzido à 10ª Subdivisão Policial por lesão corporal. Após seu depoimento e com as imagens encaminhadas pelo Cruzeiro, não foi possível comprovar a agressão do jogador ao policial militar. O centroavante assinou um termo circunstanciado e foi liberado durante a madrugada. O jogador não conseguiu retornar juntamente com a delegação e voltou a Belo Horizonte apenas na manhã de quarta-feira (10).

Edu usou as redes sociais para atacar a forma como foi tratado após o episódio. "Acabei de chegar em casa! Dentro de uma cela 40 minutos, tratado como vagabundo! Prestei depoimentos, usei os vídeos onde claramente eu não tento nenhum tipo de agressão!!", escreveu.

A rádio Itatiaia cobrou providências do Londrina e pediu explicação ao clube sobre as medidas de segurança utilizadas para garantir a integridade física dos profissionais que trabalham no estádio do Café. O LEC não se pronunciou sobre os problemas registrados.

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