A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, assinou na sexta-feira (6), uma instrução normativa que reforça o reconhecimento do Paraná como área livre da PSC (peste suína clássica). A medida foi formalizada durante o Encontro Estadual de Cooperativistas, realizado na sede da Cooperativa Lar, em Medianeira, no Oeste do Paraná.

A instrução normativa desmembra o Estado de um grupo que era formado por 14 unidades federativas. Isso quer dizer que, se algum desses estados adquire status de não livre da PSC, o Paraná não é mais afetado. A zona livre na qual o Paraná estava inserido tem 5,5 milhões de quilômetros quadrados, abrangendo desde Sergipe, passando por parte da Amazônia e se estendendo por todo o Centro-Oeste e Sudeste.

A partir da validação da normativa, o Paraná passa a integrar um bloco, junto com Santa Catarina e Rio Grande de Sul, de estados completamente livres da doença.

Na assinatura do documento, a ministra Tereza Cristina destacou que a ação só pôde acontecer porque o Paraná vem fazendo a lição de casa, buscando uma agropecuária livre de doenças. “Esse ato representa muito para o Estado, que ganha condições importantes para a exportação da carne suína. Agora, o Paraná está entregando tudo aquilo que o mundo precisa”, frisou.

O Paraná tem o segundo maior rebanho do País, com produção de 840 mil toneladas em 2018 (21,3% da produção nacional), e é o terceiro em comércio exterior de suínos, com 107 mil toneladas exportadas em 2018 - o equivalente a 16,8% do total brasileiro. Este ano, entre janeiro e outubro, já foram enviados ao exterior pelo Paraná 94 mil toneladas de carne suína.

A peste suína clássica é uma doença viral e está incluída na lista de notificação obrigatória pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), por ser de fácil difusão. Ela acomete somente suínos e não é transmitida para o ser humano.(Com informações da Agência de Notícias do Paraná)