A Faciap (Federação das Associações Comerciais do Estado do Paraná) encaminhou nesta quinta-feira (4) ao Ministério da Economia ofício solicitando auxílio emergencial a empresários dos segmentos mais atingidos pela pandemia.

Imagem ilustrativa da imagem Faciap pede auxílio para empresários ao Ministério da Economia
| Foto: Isaac Fontana/FramePhoto/Folhapress - 20-03-2020

Na carta endereçada ao ministro Paulo Guedes, o presidente da Faciap, Fernando Moraes, coloca que os comerciantes são os principais afetados em medidas como o lockdown, e mesmo assim os índices de contágio não diminuíram. Além de insuficientes, as ações de combate à pandemia realizadas até agora comprometeram a economia, diz Moraes.

Para ele, embora 5,13 mil pontos de varejo tenham sido fechados em 2020 no Paraná e as empresas reportem efeitos negativos na atividade, os empresários do comércio é que "seguram" os empregos dos paranaenses.

"Segundo dados do Caged, em nosso Estado o número de desempregos não sofreu aumento durante toda a pandemia, tendo resultado acumulado positivo de 52.670. Evidenciando que o fardo está todo no empresário e, portanto, é este que necessita de auxílio emergencial dos governos", diz o presidente da Faciap no documento. "Há diversas empresas que necessitam de recursos ou subsídios estatais para manter suas atividades, gerar emprego e promover a constitucional dignidade", ele diz ainda.

Com a queda nas vendas, os empresários precisam demitir funcionários e deixam de pagar tributos, pontua Moraes. Por isso, a Federação solicita na carta auxílio às empresas, especialmente àquelas que desenvolvem atividades consideradas não essenciais.

A sugestão da Faciap é que a ajuda venha em forma de isenção tributária, redução ou isenção da alíquota de PIS e COFINS, mas principalmente de concessão de recursos financeiros diretamente ao empresário, sem "atravessadores" (instituições financeiras) que, segundo a entidade, "oneram e lucram ainda mais em cima daqueles que perecem".

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