De uma parceria entre a multinacional maringaense DB1 e o seu colaborador Marco Diniz, nasceu Tinbot, considerado o primeiro robô brasileiro com Inteligência Artificial. Com ele, também surgiu a Tinbot Robótica, startup que já foi acelerada pelo Inovativa, maior programa de aceleração de startups do Brasil e pela Evoa Aceleradora. A ideia do robô, concebida, por Diniz, foi acelerada pela área de Inovação da DB1 e Tinbot foi iniciado em junho de 2016.

Tinbot é uma plataforma que integra Software (inteligência) e Hardware (mecânica) e apresenta interatividade e personalidade humanizada. Permite ainda que cada empresa personalize a plataforma de acordo com suas necessidades e possibilita integração com outros sistemas via APIs, explica a DB1. A sua missão é ajudar oferecer uma experiência diferenciada para as pessoas e ajudar empresas a construir uma imagem inovadora. Na DB1, já atuou como líder de equipe. O robô também já foi adquirido por empresas como UniCesumar e Evoa Aceleradora, onde atua na recepção de visitantes, Sicoob, para gerenciamento de indicadores e na Trady Assessoria & Consultoria, como assistente contábil.

Essa semana, o criador Marco Diniz pôde abordar o tema "Roboboss: como seria um robô membro de um time?" ao lado da robô Sophia - humanoide popular na comunidade tecnológica por ter recebido status de cidadã na Arábia Saudita - e de importantes experts do mercado de TI (Tecnologia da Informação) durante o IT Forum Expo 2018, que aconteceu entre os dias 17 e 18, em São Paulo.

"A nossa sociedade já passou por diversas revoluções na produção. Fomos da manufatura artesanal para o uso de máquinas e vapor na 1ª revolução industrial. A eletricidade e os motores elétricos, bem como as linhas de produção permitiram um boom na produtividade na 2ª revolução industrial. A informática, a robótica industrial e a automatização de processos otimizaram a produção e reduziram desperdícios na 3ª onda", comenta o desenvolvedor Marco Diniz. "Agora estamos entrando na 4ª revolução industrial, na qual sistemas inteligentes não só automatizarão processos, mas serão capazes de se adaptar e reagir às mais diversas situações, os robôs, que até então otimizavam apenas a produção física de bens, participarão ativamente da gestão, do monitoramento, e da criação de processos e tecnologias", ele continua. "O quão longe essa 4ª revolução vai chegar não sabemos, mas já vemos o caminho pra onde estamos indo."

ANNYE
Da parceria com uma empresa curitibana - a NextOS -, também nasceu o primeiro humanoide - robô com aspecto humano - a ser vendido para fins de atendimento no Brasil. Annye (de any, qualquer, em inglês) custa cerca de US$ 60 mil (R$ 222 mil) e pode servir para qualquer função de atendimento, por isso o nome. Em hotéis, pode realizar checkin, checkout, fazer reservas de jantares e responder sobre o cronograma das atividades. Em hospitais, sua utilidade é acompanhar pacientes internados, para que "não se sintam sozinhos".

A boneca inteligente foi exposta pela empresa Realbotix no Futurecom, evento de tecnologia que aconteceu em São Paulo de 15 a 18 de outubro. A Realbotix é uma joint venture de três anos formada pelas empresas americanas Abyscreation, da Califórnia, Taxtron, do Texas, e NextOS, de Curitiba (PR).

O robô de silicone é programado para realizar conversas simples com humanos.
"Vendemos cem cabeças que serão entregues para o setor hospitalar e hoteleiro até o fim de 2019", diz Gustavo Hernandes, diretor da Realbotix. A diferença de Annye para a robô Sophia, é que a boneca brasileira está à venda.

O investimento no robô foi de US$ 5 milhões (R$ 18 milhões). O sistema usa aprendizado de máquina, um subcampo da inteligência artificial, e chega a sete estágios de conversa. Annye se difere de um chatbot, robô virtual usado para atendimento em sites, porque é física. Nenhuma venda foi feita no Brasil, mas a expectativa dos criadores é que o boneco interesse a atendimento no varejo. (Com Folhapress)