Imagem ilustrativa da imagem O direito de ser direita
| Foto: Shutterstock

Durante as últimas décadas, ser conservador era considerado praticamente um crime no ambiente universitário. A hegemonia esquerdista nos campi era tal que os professores com ideias à direita, em sua grande maioria, permaneciam calados para evitar incômodos e perseguições.

Mas agora o jogo mudou. Com a vitória eleitoral de Jair Bolsonaro, as ideias conservadoras e liberais ganharam força e representatividade na sociedade brasileira, confirmando aquilo que até mesmo os esquerdistas mais inteligentes já haviam descoberto: o povo é de direita. Em Londrina — onde o PT nem sequer consegue eleger um vereador —, Bolsonaro teve uma das vitórias mais acachapantes na última eleição: 80,2% dos votos válidos, contra 19,8% do candidato esquerdista.

Pessoalmente acredito que a força da esquerda nas escolas e universidades é mais hegemônica do que numérica. Em vários departamentos — principalmente nas áreas de exatas e biológicas —, a maioria dos professores alinha-se com o pensamento conservador ou liberal. Nas ciências humanas, a esquerda é majoritária, mas não de maneira absoluta.

Por esses motivos, os docentes conservadores e liberais estão, digamos assim, “saindo do armário”. Aos poucos eles perdem o medo de manifestar suas opiniões em público.

Amanhã (3 de julho), às 20h, uma mesa-redonda na Acil marca o início das atividades do movimento Docentes Pela Liberdade em Londrina. O DPL reúne professores conservadores e liberais de todo o Brasil em defesa da liberdade de pensamento. O evento contará com palestras do professor Gabriel Giannattasio, docente do Departamento de História e coordenador do movimento UEL A Casa da Tolerância; do professor Fabrizio Prado, do Departamento de Clínica da UEL; e deste cronista de sete leitores, que é formado pela UEL. A participação é aberta a todos os interessantes, sem cobrança de inscrição.

Para que vocês, meus sete leitores, conheçam melhor os objetivos do movimento, compartilho a seguir um depoimento do professor Fabrizio Prado:

“Conheci o movimento Docentes pela Liberdade pelo professor da UnB Marcelo Hermes Lima, que me convidou a integrar o grupo. O motivo do grupo é simples e claro: queremos o direito de existir e expressar nosso conhecimento e opiniões, sem implorar ou ter medo.

Por que o direito de existir? Ora, é notório que há perseguição e cerceamento ideológico nas universidades. Há pouco foi exibido na UEL o documentário “1964 — Entre Armas e Livros”. Mas entre gritos de estudantes, ofensas e omissão dos responsáveis em garantir a liberdade. Mais uma balbúrdia bem documentada.

A hegemonia da esquerda e o politicamente correto estreitam o pensamento e tiranizam as opiniões contrárias, em especial as de direita. Isso é em parte a causa do retrocesso acadêmico, bem demonstrado pelo atual ministro da educação e explorado em várias pesquisas pelo mesmo professor Marcelo. Queremos agir em prol do bem comum, da excelência acadêmica e da liberdade para todos.”