Na última sexta-feira, em sua clínica, o médico Marco Aurélio Rodrigues atendeu a um paciente que, depois da consulta, fez um breve relato pessoal. Era um homem tranquilo, com cerca de 50 anos, muito simpático e educado. Disse ao médico:

— Doutor, o sr. não sabe, mas o meu primeiro emprego foi como na empresa de seu pai.

Imagem ilustrativa da imagem Nunca me esqueci de seu pai
| Foto: Acervo familiar

Diante daquela simples frase, um mundo de lembranças familiares foi despertado na consciência do médico.

Joaquim de Campos Rodrigues nasceu em Avaré, Estado de São Paulo, no ano de 1927. Era o sétimo dos dez filhos de uma família de agricultores. Embora nascido e criado no campo, sua verdadeira vocação eram o comércio e a atividade empresarial. Em busca de novas oportunidades, veio com apenas 23 anos para o Norte do Paraná, terra de esperanças que era vista como o novo Eldorado brasileiro.

Em Ibiporã, conheceu uma jovem professora chamada Leonilda, com quem se casou e teve três filhos (dois rapazes e uma moça). Nos primeiros tempos, Joaquim trabalhou como auxiliar da família Lopes. Depois, teve um grande aprendizado ao atuar na empresa que produzia as Cestas de Natal Amaral. Na década de 60, Joaquim realizou o seu grande sonho, ao criar a JC Rodrigues, que comercializava delícias como as balas Van Melle, os chocolates Prink e os vinhos de Garibaldi.

O paciente continuou:

— Esse meu primeiro emprego foi há mais de 30 anos. Eu era office-boy da JC Rodrigues. Depois de dois anos, doutor, seu pai me ajudou a conseguir um emprego no banco Bamerindus. Trabalhei durante algum tempo no banco, tive outros empregos, até conseguir criar a minha própria empresa.

Hoje o antigo office-boy de Joaquim é um empresário bem-sucedido, cuja firma tem alcance de vendas em todo o Brasil.

Mas isso não é tudo. Antes de sair do consultório, com a voz emocionada, o paciente disse ao médico:

— Nunca me esqueci de seu pai, Dr. Marco. Tanto é que dei ao meu filho mais novo o nome de Joaquim.

Para o médico, não poderia haver melhor forma de encerrar uma semana de trabalho.

NOSSA SENHORA EM PARIS

Neste início de ano, um fiel católico londrinense visitava Paris. Logo que chegou, sentiu necessidade de ir até um tesouro escondido no coração da Cidade Luz: a Capela de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, situada na Rue du Bac. Foi ali que Santa Catarina Labouré teve três visões da Santíssima Virgem, em 1830, durante as quais a Mãe de Jesus ofereceu-lhe o modelo da Medalha Milagrosa, hoje difundida pelo mundo inteiro.

Logo ao entrar na pequena igreja, o fiel londrinense ouviu de Nossa Senhora as seguintes palavras:

— Agradecei a todos aqueles que rezam o Terço dos Homens em Londrina, e perseverai na oração.