Em 2020, a professora Tina Whitaker completará 40 anos de dedicação ao Setor de Veterinária e Produção Animal no Campus Luiz Meneghel, da UENP (Universidade Estadual do Norte do Paraná). Durante quatro décadas, ela transmitiu e produziu conhecimentos, ajudou a formar milhares de profissionais, fez inúmeros amigos e contribuiu para o desenvolvimento da comunidade de sua cidade, Bandeirantes, e de seu Estado, o Paraná. Podemos dizer, sem a mínima hesitação, que Tina é um exemplo de mulher e profissional.

Imagem ilustrativa da imagem A professora que a esquerda quer calar
| Foto: Acervo pessoal

Qual seria, então, a homenagem adequada aos 40 anos de vida acadêmica de Tina Whitaker? Um prêmio? Um título honoris causa? Um tributo de seus colegas e alunos? Infelizmente, não foi nada disso que a professora recebeu. No mês passado, ela foi “premiada” com uma ação na Justiça e um processo administrativo dentro da universidade.

Ambos os processos foram movidos por um docente do curso de Agronomia, que se sentiu ofendido com os comentários de Tina Whitaker numa rede social. O autor da denúncia quer remover (ou, em português claro, censurar) os comentários críticos da professora sobre um projeto de extensão denominado “A Universidade e a Educação Política em Tempos de Escola Sem Partido e Autoritarismo”. Pede-se também uma indenização “por danos morais”.

É isso mesmo que você leu, caro leitor. Dentro de uma Faculdade de Agronomia, Veterinária e outros cursos de natureza técnico-científica, o mencionado projeto quer levar aos estudantes discussões políticas da agenda esquerdista. E ai de você se reclamar! (Note-se, no título do projeto, a expressão “em tempos de autoritarismo”. O projeto parte do pressuposto de que nós estamos vivendo numa ditadura, não numa democracia. Afinal, quem escreveu esse título? A Petra Costa? O Caetano Veloso? O Zé de Abreu?)

A militância dos partidos e movimentos de esquerda, que já domina praticamente todos os cursos da área de humanas nas universidades públicas, agora quer estender suas garras também sobre a tradicional e conceituada Faculdade Luiz Meneghel.

A essa altura, o leitor poderia perguntar qual foi, afinal, o “crime” da professora Tina. A resposta é muito simples: Tina chamou o tal projeto de extensão de “porcaria”. Ué, mas não é isso que a esquerda faz a todo momento contra seus adversários — aliás, utilizando termos muito mais ofensivos?

Ocorre que, no entendimento dos companheiros, a liberdade de expressão prevista na Constituição Federal só pode ser exercida pelos... companheiros! Se você é de esquerda, pode fazer o que quiser: gritar, xingar, ofender, ridicularizar, blasfemar, tirar a roupa, pintar bigodinho de Hitler, fazer apologia de assassinato, o escambau. Se você é identificado como conservador, direitista ou bolsonarista, pronto: basta dizer a palavra “porcaria” e já leva um processo na cabeça.

A extrema-esquerda, no Brasil, tem sido sinônimo de várias coisas: criminalidade, impunidade, violência, pobreza, incompetência, estupidez, hipocrisia. Mas isso não pode ser revelado às pessoas, ou os planos esquerdistas vão todos por água abaixo. Por isso, a censura e o silenciamento dos adversários são tão importantes para os companheiros. Por isso, querem calar a professora Tina.