Desde o início estava bem claro o real objetivo da tal CPMI das Fake News: criminalizar a direita e destruir Jair Bolsonaro. Para as esquerdas brasileiras (tanto a nova quanto a velha), a liberdade de expressão é um crime quando exercida por cidadãos comuns, que não seguem a agenda progressista e os ditames do politicamente correto. A ordem da chefia era atacar todos aqueles que ousam defender o programa de governo escolhido democraticamente por 57 milhões de brasileiros. Certo estava o deputado federal Filipe Barros, quando disse que a comissão deveria se chamar CPI da Censura. Afinal, ninguém tem maior amor pela censura e maior ódio pela realidade do que um esquerdista convicto.

Imagem ilustrativa da imagem A CPMI que virou meme
| Foto: Jane de Araújo-Agência Senado

A CPMI das Fake News começou a fazer água com o depoimento do jornalista Allan dos Santos, do canal Terça Livre. Profundo conhecedor de Sto. Tomás de Aquino, meu amigo Allan deu um show de lógica e argumentação, calando os novos e velhos esquerdistas que estavam prontos a devorá-lo. “Qual é o sujeito da frase?”, perguntou Allan, em dado momento, a um confuso parlamentar inquiridor. Foi nesse ponto que a CPMI começou a virar meme.

Na última terça-feira, o cidadão Hans River do Rio da Nascimento prestou depoimento à comissão. Supostamente, ele teria revelações explosivas a fazer sobre a campanha de Jair Bolsonaro em 2018. No entanto, aconteceu exatamente o contrário do esperado pelos companheiros. Ex-funcionário de uma empresa de marketing digital, Hans River afirmou nunca ter feito disparo de mensagens para o então candidato do PSL, mas sim para o candidato do PT. E muitos disparos. “A campanha de Haddad era a única que tinha alcance nacional.” Daí entendemos por que foi Haddad, e não Bolsonaro, o candidato punido por uso de fake news na campanha.

Um crítico de cinema chamaria isso de “plot twist”. O velho Aristóteles usaria o termo “peripécia”. Nos dois casos, trata-se do mesmo fenômeno: um acontecimento inesperado pelos personagens e pelo público, e que modifica completamente o rumo da história que vinha sendo contada.

De herói, Hans River foi subitamente transformado em grande vilão da esquerda brasileira. A extrema-imprensa de São Paulo e Rio agora o acusa de diversos crimes. Se ele caluniou ou difamou alguém em seu depoimento, que seja processado pelos que se sentiram atingidos. Faz parte do jogo democrático.

Mas é preciso lembrar duas coisas. Primeiro, Hans River não foi convocado pelos parlamentares governistas, mas pelo PT. O que desmonta a tese de “armação da direita”.

Segundo (e principal): nenhuma cortina de fumaça poderá ocultar o fato de que a tese da esquerda — Bolsonaro foi eleito por fake news, e não pela livre vontade do povo brasileiro — foi desmoralizada na CPMI da Censura.

Ops, errei o nome. A partir de agora, vou dizer CPMI dos Memes.