Moeda norte-americana perde força no exterior
O dólar voltou a cair nesta quarta-feira (19) e fechou em R$ 4,1308, queda de 0,32%. O movimento refletiu principalmente a perda de força da moeda norte-americana no exterior, que recuou ante várias divisas de emergentes, como Argentina, África do Sul, México e Turquia. O cenário político seguiu no radar das mesas, mas acabou influenciando menos os negócios nesta quarta, com a nova pesquisa do Ibope confirmando o que outros levantamentos vinham mostrando: a possibilidade de um segundo turno entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). O próximo levantamento que será divulgado é o do Datafolha, na madrugada desta quinta-feira (20).

Mercado se apega à agenda mais liberal
Os últimos levantamentos vêm mostrando a consolidação entre Bolsonaro e Haddad e o mercado se apegou a agenda mais liberal do economista do militar reformado, Paulo Guedes. "Os mercados ainda acreditam que Bolsonaro é a alternativa menos pior para a economia brasileira", afirma o economista sênior da Pantheon Macroeconomics, Andrés Abadia. O economista observa que Haddad tem feito um esforço para se mostrar mais "moderado" aos investidores. "Mas os mercados vão precisar ver sinais mais claros nessa direção", completa.O risco, para ele, é se Haddad não conseguir passar essa imagem e vencer as eleições, o dólar pode disparar.

Ibovespa termina o dia com recuo de 0,19%
O Índice Bovespa alternou sinais ao longo do dia e terminou a sessão aos 78.168,66 pontos, com baixa de 0,19%. Apoiado no desempenho majoritariamente positivo das bolsas de Nova York e no ambiente eleitoral ligeiramente mais otimista, o índice chegou a subir até 0,90% no início da tarde, colocando em teste o patamar dos 79 mil pontos. Foi justamente nesse ponto que as ordens voltaram ao pregão em definitivo. Da última sexta-feira até a terça-feira, o Ibovespa contabilizou ganho de 4,86%. Alguns papéis foram bem além desse patamar, como Petrobras, Eletrobras e Banco do Brasil, por exemplo. A percepção de menor risco político nos últimos dias contribuiu para alavancar essas ações nos últimos dias. No caso de Petrobras, contou ainda a recuperação dos preços do petróleo. Nesta quarta, Petrobras PN caiu 1,33%, enquanto Eletrobras PNB recuou 4,53% e Banco do Brasil ON, 1,01%.

Taxas de curto prazo fecham com viés de alta
Os juros futuros de curto prazo fecharam a sessão regular desta quarta-feira perto dos ajustes anteriores, com viés de alta, e os longos, em queda, refletindo a expectativa pelo comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) e o ambiente favorável a moedas de economias emergentes, com o cenário eleitoral no radar. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019, que melhor reflete as apostas para a política monetária até o fim de 2018, encerrou a 6,785%, de 6,775% no ajuste anterior, e a taxa do DI para janeiro de 2020 passou de 8,497% para 8,53%. A taxa do DI para janeiro de 2021 fechou em 9,74%, de 9,726% no ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2023 caiu de 11,425% para 11,36% e a do DI para janeiro de 2025, de 12,214% para 12,14%.