"Não é hora de dialogar. Este é o momento para a ação"

Vice-presidente dos EUA, Mike Pence, sobre a situação política da Venezuela

Após apoiar Maia, Bolsonaro tocará reformas

O apoio do presidente Jair Bolsonaro à reeleição de Rodrigo Maia (DEM) somente foi concretizado após o presidente da Câmara convencê-lo dos seus compromissos com a agenda de reformas e diminuição do Estado. O discurso da vitória de Maia soou como música aos ouvidos do governo, ao afirmar que, nos últimos 30 anos o Brasil "foi capturado por interesses de corporações públicas e privadas".

Modernização

No discurso, o presidente da Câmara deixou claro o compromisso de aprovar projetos que levem à modernização do Estado e da economia.

Previdência já

A prioridade absoluta será a reforma da Previdência, mas Rodrigo Maia gosta muito da ideia de acabar com a Justiça do Trabalho.

Privatização já

Um dos maiores desafios da Câmara, ao qual Maia prometeu apoio, será o arrojado programa de privatização e extinção de estatais.

Inimigas públicas

Pelo entendimento de Rodrigo Maia, as corporações comprometeram as despesas e deixaram o País sem capacidade de investimento.

Governo terá todos os cargos-chave na Câmara

A articulação do bloco de 301 deputados garantiu ao governo Jair Bolsonaro lugar nos principais cargos da Câmara dos Deputados. Além da presidência, que foi garantida a Rodrigo Maia (DEM), o bloco terá as vice-presidências e secretarias que nomeiam, contratam serviços, pagam passagens aéreas e administram imóveis funcionais e auxílios-moradia. Na prática, o bloco vai comandar todo o processo legislativo.

Tudo dominado

Os 301 deputados do blocão incluem parlamentares de onze partidos: PSL, PP, PSD, MDB, PR, PRB, DEM, PSDB, PTB, PSC e PMN.

Ficou para trás

Nos tempos de poder, com mensalão e petróleo por trás, os petistas presidiram a Câmara e controlaram a maioria dos seus cargos.

Na rabeira

Hoje, com mensalão e petróleo revelados, PT e seus puxadinhos têm bloco de 97 deputados. Garantiu só uma suplência na mesa diretora.

Culpa da Vale

O conselho editorial do importante jornal americano New York Times publicou editorial com a opinião dos seus editores, culpando a gigante de mineração Vale pela tragédia em Brumadinho. O jornal cita a manutenção precária de barragens. Já a imprensa brasileira...

Praga nos Detrans

Detrans apadrinhados por políticos são uma praga. No Recife, o novo dirigente do órgão, Roberto Fontelles, está sob pressão do lobby das empresas que querem aumentar o preço dos registros dos automóveis e expulsar concorrentes que cobram mais barato do consumidor.

Que Bolsonaro nada

Logo após sua reeleição como presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM) não falou com o presidente Jair Bolsonaro. Preferiu falar com Andreia Sadi, concedendo-lhe primazia nas entrevistas.

Virou herói

O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) levou as redes sociais à loucura respondendo a Renan Calheiros: "Eu imagino a autoridade que vossa excelência tem de dizer que estou agravando a imagem do Senado".

No caminho

O presidente nacional do PSL, deputado Luciano Bivar (PE), subiu um degrau importante para se habilitar à sucessão de Rodrigo Maia na presidência da Câmara, em 2021: foi eleito vice-presidente.

Bancada de Ramalho

Os 66 votos no deputado Fábio Ramalho (MDB-MG) para a presidência da Câmara correspondente quase exatamente aos 67 que compareceram ao jantar de apoio que ele promoveu na véspera.

Essa conta não fecha

A refinaria vendida por US$562 milhões (R$2 bilhões) custou o dobro à Petrobras estatal brasileira, em 2006. A mesma refinaria que em 2005 fora comprada pela Suíça Astra por US$42 milhões (R$155 milhões).

Café forte

Aproximadamente 5 milhões de pessoas na América Latina e Caribe dependem diretamente da produção de café, Segundo dados do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).

Pensando bem...

...em anos anteriores, a gritaria era restrita às eleições da Câmara, mas ontem o Senado bateu todos os recordes de eleição vergonhosa.

PODER SEM PUDOR

Deputados noveleiros

O deputado Átila Lira (PSDB-PI) relatava o projeto que institui 2005 como "Ano Nacional Roberto Marinho" e resolveu buscar amparo nos colegas, durante uma reunião da Comissão de Educação da Câmara: "As novelas da Globo são importantes para o País. Eu conversava com a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), uma noveleira. Ela concorda comigo." A deputada respondeu, arrancando gargalhadas: "Quero dizer três coisas: a primeira é que não sou noveleira, a segunda é que quase não assisto televisão e a terceira é que o senhor nunca falou comigo sobre esse assunto. Mesmo assim, voto favoravelmente ao seu relatório."

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Com André Brito e Tiago Vasconcelos

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