Temer aguarda ministro para decidir extradição
O presidente Michel Temer aguarda que o ministro Torquato Jardim (Justiça) leva a ele o pedido do governo da Itália para revisão do "asilo político" concedido ao terrorista italiano Cesare Battisti, decretando sua extradição. Temer informou à coluna que ainda não decidiu. Como constitucionalista, é um especialista no tema. Battisti foi condenado duas vezes à prisão perpétua, em seu País, por quatro assassinatos.

O nome é outro
Até por desinformação, Battisti é chamado de "ativista" na imprensa brasileira. Mas é terrorista com sentença transitada em julgado.

Dr. Terrorista?
Tem gente estranhando que, preso, Battisti estava "em cela comum". É bandido comum, foi acusado de crimes como assalto e até estupro.

Lorota
A Itália contratou o criminalista Nabor Bulhões para atuar na extradição, junto ao STF, mas Lula deu ao foragido status de "perseguido político".

Justiça de olho
O MP obteve na 20ª Vara Federal de Brasília a anulação do absurdo "asilo político" de Battisti, mas liminar do TRF1 suspendeu a extradição.

Brasil pediu primeiro o fim das armas nucleares
Acordando com as galinhas, bem cedo, o presidente Michel Temer comemorou solitariamente ontem, pelas 6h, o anúncio do Prêmio Nobel da Paz de 2017 para a Campanha Internacional para a Abolição das Armas Nucleares. É que o Brasil ajudou na escolha: sintonizado com a campanha, ele fez questão de ser o primeiro chefe de Estado a assinar na ONU, dia 20 passado, o Tratado de Proibição de Armas Nucleares.

Surfando na onda
Ainda muito cedo, Temer decidiu que gravaria um vídeo saudando o Nobel da Paz para reafirmar o compromisso do Brasil com a causa.

Brasil presente
A adesão ao Tratado de Proibição de Armas Nucleares é orgulho da diplomacia brasileira, que teve papel fundamental na sua negociação.

Itamaraty deu show
Ao menos dez diplomatas brasileiros estiveram na costura do Tratado, como o ex-chanceler Mauro Vieira, chefe da Missão do Brasil na ONU.

Celulares blindados
O ministro Marco Aurélio autorizou a PF a mandar para os Estados Unidos celulares apreendidos de familiares do senador Aécio Neves (PSDB-MG), na tentativa de descobrir as respectivas senhas. Os aparelhos inexpugnáveis são vários iPhones e um Morotorola.

Pelo afastamento
O senador Pedro Chaves (PSC-MS) diz haver pressão muito grande para que o Senado inocente o tucano Aécio Neves. Para ele, o afastamento determinado pelo STF deve ser mantido no Senado.

Simpatia é quase amor
Filiado ao PMDB, o ministro Marx Beltrão (Turismo) confirmou que fica no partido, mas ainda flertando abertamente com o PSDB do prefeito de Maceió, Rui Palmeira, maior ameaça ao clã Calheiros, em 2018.

Merreca
Apesar de ter dito à IstoÉ que o fundo de bolsas para novos candidatos ao legislativo em 2018 "não tem agenda política", o empresário Eduardo Mufarej promete gastar só entre R$ 5 e R$ 8 mil por candidato.

Na gaveta há 11 anos
Está na pauta da Câmara um pedido de urgência para o projeto que obriga os circos a se registrar no governo federal, incluindo o emprego de animais selvagens. A "urgência" aguarda votação desde 2006.

Mapa do atraso
Sobrinho de Luiz Gastão de Orleans e Bragança, que seria o imperador se o Brasil fosse uma monarquia, Luiz Philippe de Orleans e Bragança, empresário e presidente do movimento Acorda Brasil, lançou ontem, em São Paulo, seu livro "Por que o Brasil é um país atrasado".

Regra de ouro quebrada
Segundo consultorias de orçamento da Câmara e do Senado, as operações de crédito previstas na proposta de orçamento 2018 estão R$ 62,8 bilhões acima das despesas de capital. A dívida vai crescer.

Área de atuação
Em homenagem ao Dia do Aviador e ao Dia da Força Aérea Brasileira (FAB), em 23 de outubro, a FAB promove exposição que esclarece sua responsabilidade sobre área de 22 milhões de Km2.

Pensando bem...
...ontem foi Dia do prefeito. Parece que ninguém comemorou.

Imagem ilustrativa da imagem CLÁUDIO HUMBERTO



PODER SEM PUDOR

Encarando um provocador
Jânio Quadros, que renunciou à Presidência da República após sete meses no cargo, fazia campanha para o governo paulista, em 1982, quando ouviu gritar um mendigo, com um toco de cigarro pendurado nos lábios: "Fujão! Fujão! Fujão!". Jânio tentou ignorá-lo, mas, ao descer do palanque, lá estava o provocador: "Fujaããão!" Jânio olhou-o fixamente e partiu em sua direção, resoluto. Temia-se uma agressão física do ex-presidente. Ele parou diante do mendigo, que se calara de repente, paralisado, com medo. Jânio, num golpe rápido, ao invés de um soco, retirou o toco de cigarro dos lábios provocadores, colocou-o na própria boca e foi embora.

Com André Brito e Tiago Vasconcelos
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