Venezuelanos são os imigrantes que mais procuram serviços assistenciais em Londrina
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segunda-feira, 03 de maio de 2021
Rafael Machado - Grupo Folha
Pelas ruas de Londrina, não é difícil encontrar alguém com um pedaço de papelão relatando que está com fome e precisa de ajuda para sustentar a família. Cena evidente principalmente nos semáforos da cidade, os imigrantes também passam por essa situação. Um balanço fornecido à FOLHA pela prefeitura por meio da Lei de Acesso à Informação mostra que os venezuelanos são os estrangeiros que mais procuraram os serviços assistenciais entre o início de 2020 e março deste ano. Foram 79 pessoas dessa nacionalidade atendidas no Centro POP (Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua), localizado na Avenida Celso Garcia Cid, no Jardim Boa Vista, região leste.
O espaço encaminha quem está morando na rua, mas nem todos os estrangeiros contemplados vivem nesta condição. "Tem casos de famílias que chegam em Londrina e não têm como seguir viagem. Elas vão até o Centro POP pegar passagens para continuar o trajeto", observou a diretora de Proteção Social Especial da Secretaria de Assistência Social, Josiani dos Santos Nogueira. Segundo os dados, os argentinos estão em segundo lugar. Foram 24 em pouco mais de um ano. Veja os detalhes completos na lista abaixo:
Nogueira argumentou que o número de atendimentos difere do de estrangeiros porque uma pessoa pode ser atendida mais de uma vez. "Os venezuelanos são a maior demanda por causa da crise que se instalou naquele país. Eles chegam de diversas formas, às vezes sozinhos ou em um grupo. Em muitos casos, nem somos comunicados da chegada, o que dificulta o acompanhamento". Para melhorar o auxílio, a prefeitura fez uma parceria com a Cáritas Arquidiocesana, que pertence à Igreja Católica, para oferecer suporte psicológico e social para o imigrante em situação de vulnerabilidade.
Entre os benefícios, ele poderá se regularizar na Polícia Federal, obtendo novos documentos, como CPF, RG e carteira de trabalho. A Cáritas vai receber pouco mais de R$ 321 mil por um ano.
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SALTO
Conforme os números encaminhados à reportagem, o Centro POP teve um crescimento de 219% de estrangeiros atendidos entre 2019 e 2020. O panorama saiu de 26 pessoas para 83 nesse período. "Não podemos afirmar se isso é reflexo da pandemia. Os dados não abrem espaço para essa interpretação. Mas é claro que a crise econômica dos países latino-americanos contribuiu para esse fenômeno", pontuou a diretora. Repare no quadro abaixo: