Um caroço na cabeça e um diagnóstico equivocado mudaram a vida da professora Adriana Samuel Ferrari, de 51 anos, moradora de Rolândia (Região Metropolitana de Londrina). Diagnosticado inicialmente como um cisto sebáceo, o pequeno caroço sem sintomas era na verdade um carcinoma melanoma.
Entre o diagnóstico de cisto sebáceo e câncer foram quase três anos. Adriana contou que começou a prestar a atenção naquele caroço no couro cabeludo após sentir, por duas vezes, uma queimação na nuca. "Na época achei que fosse cansaço. Então percebi esse pequeno caroço. Meu pai tinha um cisto sebáceo na nuca e achei que fosse a mesma coisa. Eu ia no cabeleireiro e ele nunca comentou sobre esse caroço", lembrou.
Uns sete meses depois das dores na nuca, ela decidiu procurar um clínico geral, que confirmou o diagnóstico que ela imaginava: um cisto. A professora disse que cerca de dois anos depois, quando a irmã teve câncer de mama, decidiu procurar um mastologista e comentou sobre o tal cisto. O médico a aconselhou a procurar um dermatologista.
O resultado da biópsia indicava uma investigação mais profunda da lesão. Adriana foi encaminhada ao oncologista, especialista em cabeça e pescoço, e passou por mais duas cirurgias para remover o tumor e fazer um implante de pele. "Foi tudo muito rápido. Entre novembro e o Natal de 2014 fiz três cirurgias. Hoje tenho um rombo na cabeça. Ficou dolorida. É muito difícil deitar no travesseiro. A região ficou sensível."
A professora acredita que se tivesse procurado um especialista desde o início, a história teria sido diferente. "Ao invés de ficar pulando de médico em médico, vá direto no especialista. A postura do profissional é diferente e faz a diferença", comentou.
A professora está recuperada, mas faz um rigoroso check-up a cada seis meses. "Fico apreensiva com o resultado toda vez", disse. Esse acompanhamento médico será por 10 anos. (A.M.P.)