Curitiba - Colecionador de armas, o governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), votou ontem pelo ''não'' à proibição de venda de armas e munição no Brasil. Caso sua opção não seja vencedora, ele já adiantou que entrará com um pedido de licença especial para continuar com o seu hobby. Requião veio de Foz do Iguaçu e chegou ao local de votação às 12h15, apesar de a assessoria ter informado que ele votaria entre as 8 e 10 horas.
Como muitos brasileiros, o governador paranaense utilizou apenas o termo plebiscito para o referendo. ''O plebiscito é ridículo e digo isso com a autoridade de quem iniciou a campanha do desarmamento'', registrou. ''Sou absolutamente contra o porte de arma, mas tirar da população o direito de ter uma arma em casa para defender a sua própria vida e a vida de sua família é uma tolice absoluta.'' Requião não deixou de fazer sua crítica predileta à política econômica do governo federal. ''O plebiscito é para divertir a opinião pública, do italiano 'divertere', desviar do que importa, que é o modelo econômico terrível sob o qual vivemos hoje'', disse.