Educação acima da média
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quarta-feira, 10 de outubro de 2018
Juliana Gonçalves <br> Especial para a FOLHA
Com 9.820 alunos matriculados em 42 unidades da rede municipal (educação infantil e ensino fundamental), a Secretaria de Educação tem por estratégia considerar a educação infantil como parte importante da educação básica. "Não tratamos a educação infantil como função assistencial, mas educacional. As crianças de zero a cinco anos são preparadas para os desafios que enfrentarão no ensino fundamental", conta a secretária Cláudia Codato.
Somada a outras ações, como a formação continuada dos profissionais e o permanente monitoramento do trabalho docente, essa estratégia tem contribuído para que rede municipal atenda às expectativas do Ministério da Educação (MEC). Desde que o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) foi criado, em 2007, a Educação Básica de Cambé superou todas as metas estabelecidas pelo governo federal. "Com um índice de 6,7, estamos 21% acima da meta projetada para 2017", conta a secretária. A média do Paraná na última divulgação do Ideb foi de 6,3.
Apesar de não estar entre os maiores índices do Estado, o índice cambeense é considerado uma grande vitória pela responsável pela pasta. Isso porque atualmente 89,98% dos professores da rede municipal são bastante jovens, com menos de 10 anos de experiência. Destes, 37,11% ainda estão em estágio probatório. "A maioria dos professores em Cambé foi contratada nas décadas de 1970 e 1980 e se aposentou entre 2000 e 2010. Além disso, em 2015 e 2016, o município precisou encerrar as atividades da APMI [Associação de Proteção a Maternidade e Infância], que atendia a educação infantil. Com isso, 11 centros de educação infantil foram incorporados à rede, exigindo a contratação de novos profissionais", explica.
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INCLUSÃO
Outro orgulho da rede municipal é a dedicação à educação inclusiva. Com uma equipe formada por psicólogos, fonoaudiólogos, pedagogos e uma professora especialista em educação especial, Cambé mantém cinco classes especiais na modalidade deficiência intelectual. "Temos 11 salas de recursos multifuncional e 24 professores com atendimento de apoio permanente a cerca de 500 alunos inclusos no ensino regular", conta a coordenadora de Educação Especial, Cíntia Daquana.
Além disso, o projeto Judô para Todos, numa parceria entre as secretarias de Educação e Esportes, tem proporcionado grandes avanços no desenvolvimento cognitivo, social e motor de alunos com necessidades especiais.