A presidente da Associação Brasileira de Halitose (ABHA), Maria Cecília Aguiar, diz que a terapia com laser só é indicada quando medidas mais simples não resolvem a questão do hálito e quando a causa é de origem bucal.

"O tratamento seria coadjuvante. Basicamente, utiliza-se um corante fotossensibilizado com a aplicação de um laser de baixa potência vermelho. Essa junção promove reações químicas que causam morte bacteriana", conta ela, acrescentando que a terapia não causa danos para as estruturas bucais e não há efeitos colaterais.

O dentista em Londrina, Jefferson Tanaka, cita o uso de laser, por exemplo, em pessoas que passaram por radioterapia e que, por isso, têm uma redução do fluxo salivar. "Para casos, por exemplo, de cicatrização e dores específicas, a terapia com laser já está incorporada na odontologia, mas para halitose é algo novo", afirma.

Porém, considerando que a maior causa da halitose tem sido a má higiene, Tanaka diz a higiene da língua com raspador é o tratamento indicado. "O enxaguante bucal é um método paliativo, com duração curta e que pode mascarar esse sintoma de alguma doença a ser investigada", conclui. (M.O.)