Imagem ilustrativa da imagem Técnica pode atender 60% dos casos de hospital



O cirurgião londrinense Luis Carlos Adas descobriu a técnica "correção de hérnia inguinal com mini-incisão e tela tridimensional" em um congresso nos Estados Unidos. Procurou então o especialista em hernioplastia, André Luiz Moreira Rosa, de Porto Alegre, visando difundir e padronizar a cirurgia em Londrina. "Se o método não for reprodutível por qualquer cirurgião, não adianta. A reprodutividade é o segredo e foi isso que o André conseguiu fazer", afirma.

De acordo com Adas, somente em 2016 o Hospital Mater Dei realizou mais de 80 cirurgias de hérnia inguinal. Com a adoção desse método de correção, será possível ampliar os atendimentos, chegando até a 400 intervenções ao ano.

Adas estima que cerca de 60% dos casos de hérnias operados por sua equipe no hospital poderiam ser enquadrados na nova técnica. Nos casos de hérnias inguinais, todo paciente precisará passar por cirurgia, mas vale lembrar que em muitos casos não há urgência.

Ele diz que a técnica é versátil, podendo ser utilizada em qualquer instituição de saúde, pois os recursos necessários, além da tela tridimensional, são básicos, habituais.

A tela tridimensional é financiada pelo SUS (Sistema Único de Saúde), mas os novos passos operatórios ainda não, de acordo com Moreira Rosa. "As barreiras que temos hoje são educação médica especializada e treinamento. É justamente isso que viemos fazer em Londrina." (M.O.)