Sebastião Batista descobriu que tem doença renal em 2005: "Tenho caso na família e sou hipertenso. Acho que foi isso que levou ao aparecimento da doença"
Sebastião Batista descobriu que tem doença renal em 2005: "Tenho caso na família e sou hipertenso. Acho que foi isso que levou ao aparecimento da doença" | Foto: Gina Mardones



O músico londrinense Sebastião Francisco Batista, 63, descobriu a doença renal em 2005, quando os rins estavam com 20% da capacidade de funcionamento. "Tenho caso na família e sou hipertenso. Acho que foi isso que levou ao aparecimento da doença", considera.

Com o diagnóstico, Batista iniciou o tratamento com medicação. "Quando o funcionamento dos rins caíram para 10%, comecei a Hemodiálise (HD) e um ano depois já estava na Diálise Peritoneal (DP) em casa", lembra.

O Ministério da Saúde estabeleceu como meta, por meio da Portaria 389/2014, um paciente em DP para cada quatro pacientes em HD, entre os critérios para a organização da linha de cuidado da pessoa com doença renal crônica. No entanto, a presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia, Carmem Tzanno, aponta que apenas 7% dos pacientes fazem uso desse método atualmente, devido uma série de questões econômicas e sociais.

Batista faz a terapia domiciliar há cinco anos e diz que se sente bem melhor comparado à hemodiálise. "Eu tinha que ir à clínica, sentia muita cãibra e muitas vezes, passava mal. Fazendo em casa, me conecto na máquina e vou dormir. Faço isso há muito tempo e já me acostumei", conta ele, revelando que viajou dias atrás e levou o equipamento na bagagem.

A possibilidade de realizar a DP em casa existe desde a década de 80, utilizando uma máquina chamada cicladora. O nefrologista da DaVita Londrina, Getulio Amaral Filho, explica que qualquer paciente com indicação de diálise pode fazer a DP domiciliar, desde que a decisão seja tomada em conjunto com o médico.

"É claro que para fazer a DP em casa é necessário ter um ambiente adequado, com nível de higiene para prevenir infecções e, preferencialmente, com a presença de um cuidador que possa auxiliar na terapia. Sendo assim, esse com certeza é um tratamento que garante mais liberdade e autonomia aos pacientes", aponta.