Avesso a medicações contínuas, o professor Flávio Freire decidiu controlar o refluxo apenas com a alimentação
Avesso a medicações contínuas, o professor Flávio Freire decidiu controlar o refluxo apenas com a alimentação | Foto: Ricardo Chicarelli


Uma das causas de refluxo que costuma receber indicação cirúrgica são os casos graves de hérnia de hiato. A hérnia de hiato ocorre quando uma parte do estômago se projeta para dentro do tórax, levando junto o esfíncter esofagiano e prejudicando seu funcionamento.
A professora Célia Banach Ferreira conviveu por muitos anos com uma hérnia de hiato, controlada com alguns cuidados na alimentação. Há cerca de seis meses, no entanto, uma crise de refluxo a fez acreditar que o problema estava no coração. "Acordei no meio da noite com o coração acelerado, dor nos braços, fraqueza nas pernas e muitos arrotos. Achei que era enfarto e corri para o hospital", conta.
Nas duas semanas seguintes, ela emagreceu seis quilos porque não conseguia comer nada. "A crise só foi piorando e a única saída foi a cirurgia, um mês e meio depois da primeira crise."
Quem também confundiu o refluxo com outro problema foi o professor Flávio Freire. Portador de gastrite há mais de 15 anos, ele sempre cuidou da alimentação, evitando alimentos que sabia serem prejudiciais. "Eu não sentia refluxo ou queimação", conta.
Ano passado, ao perceber sintomas de sinusite e dor de garganta, Freire procurou um otorrinolaringologista, que o sugeriu procurar por um gastroenterologista. "Só então descobri que tenho refluxo. Comecei a tomar remédios e a mudar alguns hábitos, como só deitar duas horas depois de ter comido", conta.
Avesso a medicações contínuas, Freire decidiu controlar o problema apenas com a alimentação. "Às vezes eu sofro um pouco, mas tento controlar de outras formas e tomar remédio só em crises." (J.G.)