Nas redes sociais são mais de sete mil seguidores, com uma média de 40 mil visualizações de páginas por mês. Não é à toa que aos 28 anos, a psicóloga Verônica Stasiak se tornou um exemplo de luta e engajamento. À frente do Instituto Unidos Pela Vida (www.unidospelavida.org.br), Verônica procura disseminar informações sobre a fibrose cística para que toda a população possa ter um diagnóstico precoce e tratamento adequado.
"Sempre digo que não desejo o que passei em minha vida nem para meu pior inimigo. Não gostaria que as pessoas precisassem passar por tantas privações ao longo da vida por conta de uma falta de diagnóstico correto", comenta.
Verônica só descobriu a fibrose cística há cinco anos. Apesar das idas e vindas de hospitais e consultórios, ela nunca tinha sido diagnosticada com a doença. "Ficava internada de cinco a seis vezes ao ano, tratando pneumonia. Meu diagnóstico era de asma grave e, aos 18 anos, fiz uma cirurgia para retirada de uma parte do pulmão direito. Só ouvi falar da doença quando tive uma pancreatite e o médico suspeitou que poderia ser fibrose cística", lembra.
A partir da confirmação, Verônica buscou entender a doença e passou a se comunicar com outros pacientes. "Faz três anos que não me interno por conta do pulmão. Minha vida mudou muito desde que recebi o diagnóstico certo e comecei a tratar. Agora tenho uma vida normal, dentro das minhas limitações", conta ela, que no dia a dia faz fisioterapia respiratória, inalações e o uso de medicamentos.
"É uma rotina que me garante estar bem. Antes do diagnóstico, não lembro de ter passado um dia sem tossir, sem falta de ar. Hoje, é tudo diferente. Não tenho muita tosse e minha falta de ar é mais controlada. Além disso, sinto que minha capacidade respiratória melhorou, assim como as crises", revela. (M.O.)