Imagem ilustrativa da imagem Dez coisas que você precisa saber sobre o anticoncepcional


Brasília - A pílula anticoncepcional combinada é um dos métodos contraceptivos mais controversos e polêmicos. No Brasil, é o método reversível mais utilizado entre as mulheres. Dois hormônios compõe o anticoncepcional: estrogênio e progestogênio, ambos semelhantes aos que são produzidos pelo ovário da mulher. Essa combinação é o que difere a pílula da minipílula, que contém apenas progestogênio em dose baixa. Para tirar dúvidas comuns de mulheres, o Blog da Saúde (do Ministério da Saúde) respondeu alguns desses questionamentos com o Coordenação-Geral de Saúde das Mulheres.

1. Como escolher um anticoncepcional?
A escolha deve ser feita de maneira livre e informada, ou seja, a mulher e a adolescente tem o direito de decidir qual o melhor método para si, desde que essa decisão tenha sido tomada com base em informações corretas, atualizadas e completas.

2. Há alguma contraindicação para o uso?
Existem critérios médicos de elegibilidade para uso de métodos anticoncepcionais. Eles são recomendações, e consistem em uma lista de condições das(os) usuárias(os), que podem significar limitações para o uso dos diferentes métodos. O profissional de saúde avalia os riscos e benefícios de cada método, por isso a usuária deve falar com ele para averiguar os critérios e qual deles se enquadra mais ao estilo de vida e cuidados para a saúde.

3. Como o anticoncepcional funciona?
A pílula anticoncepcional inibe a ovulação e torna o muco cervical espesso, dificultando a passagem dos espermatozoides, evitando, assim, a fecundação. Portanto, ela não pode ser considerada um método abortivo.

4. A pílula anticoncepcional é 100% eficaz?

Não existe método 100% eficaz. A eficácia das pílulas anticoncepcionais relaciona-se diretamente à sua forma de administração, ou seja, esquecimento na ingestão de comprimidos e irregularidades na dosagem.

5. O que eu faço se esquecer de tomar a pílula?
Se esquecer de tomar um dia: tomar a pílula esquecida imediatamente e a regular no horário habitual. Tomar o restante regularmente, uma a cada dia. Se esquecer de tomar duas ou mais pílulas: tomar uma pílula imediatamente e usar método de barreira ou evitar relações sexuais durante sete dias. Conte quantas pílulas restam na cartela, se sobrarem sete ou mais pílulas, tome o restante como de costume. Se restarem menos que sete, tome o restante como de costume e inicie nova cartela no dia seguinte após a última pílula da cartela. Nesse caso, a menstruação pode não ocorrer naquele ciclo. Na ocorrência de sexo desprotegido nesse período, pode ser feito o uso de anticoncepção de emergência (popularmente conhecida como pílula do dia seguinte).

6. É normal ter um pequeno sangramento durante a cartela?

É frequente a ocorrência de pequeno sangramento intermenstrual durante os primeiros meses do uso da pílula. Se o sangramento persistir por mais de 10 dias, deve ser investigado.

7. Existem medicamentos que cortam o efeito do anticoncepcional?

Alguns tipos de medicamento podem diminuir a eficácia dos contraceptivos orais, resultando em sangramentos fora do período da menstruação e/ou gravidez. Em outras situações, o próprio anticoncepcional pode interferir na ação do medicamento. É importante consultar um profissional da saúde para saber mais sobre cada composição.

8. É verdade que o anticoncepcional precisa ser cortado por alguns meses para o organismo "respirar"?
Mesmo que a pílula já venha sendo usada por longo período de tempo, não há necessidade de interromper o uso para descanso, pois não existe amparo científico que o justifique, sendo causa frequente de ocorrência de gestações.

9. A pílula previne doenças?
Não. O único método que previne as IST é o preservativo masculino ou feminino, sendo indicado seu uso em todas as relações sexuais (oral, anal ou vaginal), independente do uso do anticoncepcional oral. Também é possível fazer o uso combinado de dois métodos, como camisinha e anticoncepcional oral, por exemplo.

10. Existe idade mínima e máxima para tomar a medicação?
A medicação pode ser usada desde a adolescência até a menopausa, considerando os critérios de elegibilidade.