De acordo como neurologista Fábio Porto, existem várias formas de reduzir as chances de ter CCL ou Alzheimer e uma das principais é estudar. "Quem tem um bom nível educacional é mais resistente a esses problemas porque estudar faz o que chamamos de reserva cognitiva. Você adquire novas conexões cerebrais durante a vida para ter o que perder quando envelhecer. Estudos mostram que em países poliglotas, as pessoas precisam ter mais doença no cérebro para chegar à demência", explica.
Atividades de lazer e de engajamento social, segundo ele, comprovadamente diminuem o risco de demência. Outras formas de prevenção são os exercícios físicos. De preferência, que sejam realizados ao longo da vida, desde a juventude. Mas, mesmo quando iniciados já na terceira idade, a prática ainda traz benefícios. Tratar fatores de risco cardiovasculares, pressão alta e diabetes também é uma forma de prevenção, já que todos esses fatores lesam o cérebro.
"Já existem estudos que mostram que a dieta do mediterrâneo, que é rica em verduras, legumes, peixes de água fria, também faz bem à saúde do cérebro, assim como o álcool em pequenas quantidades", acrescenta o neurologista.
Segundo ele, ainda que prevenção não seja garantia de não ter a doença, os benefícios são muitos. "Se a pessoa for geneticamente determinada a ter doença de Alzheimer, mas se prevenir de diferentes formas, ela vai ter a doença com 80 anos em vez de 70." (J.G.)