Apesar de vários estudos, a ciência ainda não sabe exatamente o que causa a menopausa precoce. Alguns fatores já foram determinados, mas segundo o médico ginecologista Renato Koike, em 80% dos casos, não é possível determinar a causa.
"Nos outros 20% podem ser por motivos diversos como causas genéticas, como a Síndrome de Turner; doenças imunológicas, como lúpus; produtos químicos, como os usados em quimioterapia, radioterapia e até o cigarro; infecções no ovário e doenças que comprometam o tecido ovariano", diz ele.
Cláudia Gomes Padilla, médica especialista em reprodução assistida do Grupo Huntington, recomenda que as mulheres que têm parentes com menopausa precoce fiquem atentas e procurem auxílio médico, já que existe também um fator hereditário. "Elas devem fazer a coleta de óvulos, caso queiram engravidar mais tarde", recomenda a especialista.
Os médicos afirmam que há pesquisas em andamento sobre o uso de células-tronco para recuperar a função ovariana. "Os pesquisadores colocam camundongas em menopausa. Depois injetam células-tronco no animal, que passa a produzir óvulos novamente. Porém, ainda não há prazo para que sejam feitos testes com humanos", explica Cláudia.
Koike lembra que assim como nas mulheres mais velhas, quem tem menopausa precoce também pode se valer da terapia de reposição hormonal, já que a falta de hormônios pode causar aumento de colesterol e ossos frágeis, entre outros. O tratamento porém, não recupera a função ovariana. (E.G.)