No passado, existiram casos de pessoas que foram dadas como mortas e na verdade estavam passando por um surto de catalepsia patológica. Os especialistas, no entanto, afirmam que isso seria impossível nos dias de hoje, já que os sinais vitais apenas ficam reduzidos. "Na catalepsia, a pessoa fica desacordada, num estado de sono profundo, mas não perde os sinais vitais", afirma o neurologista Carlos Eduardo Soares Silvado, membro da Câmara Técnica de Neurologia do Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR).
A catalepsia é um distúrbio neurológico em que a pessoa permanece com os músculos enrijecidos, sem conseguir reagir fisicamente, apesar de muitas vezes estar consciente. Acredita-se que o cataléptico possui uma predisposição genética combinada com problemas neurológicos graves como histeria, debilidade mental, depressão e até algum tipo de intoxicação.
Segundo Silvado, existe hoje uma série de recursos que permite ao médico ter certeza a respeito da presença de sinais vitais no paciente, ainda que ele aparente estar morto. "Se o paciente for obeso, por exemplo, e tiver com os batimentos cardíacos muito fracos, no estetoscópio pode não ser possível perceber. Mas o eletrocardiograma aponta os batimentos, mesmo que muito fracos e lentos", argumenta. (J.G.)