Um dia depois de ter passado por uma cirurgia de cálculo renal no Hospital Universitário de Londrina, a conselheira tutelar de Abatiá (Norte Pioneiro), Lediana Rodrigues de Souza, 31, falou sobre como foi confortante ter recebido o gelo mentolado logo após o procedimento. Ela estava em jejum há sete horas. "Eu lembro de ter pedido para tomar água e me deram o picolé. Foi um alívio porque acabou com a sensação de boca seca", afirma.

Souza já havia passado por outras cirurgias e compara com o tratamento recebido agora. "É bem melhor. Nas outras (cirurgias) não me deram nada. Eu tive que esperar por horas", diz.

A enfermeira Ligia Fahl explica que, ao se submeter a um procedimento cirúrgico, o paciente fica sob efeito de uma série de hormônios, resultado no chamado trauma da cirurgia. "E quando você consegue fazer com que ele se sinta mais tranquilo e aliviado, esses níveis de alteração tendem a normalizar mais rapidamente", defende.

Apesar de todo reconhecimento no ambiente científico, Fahl diz que é através dos relatos dos pacientes, no dia a dia, que a equipe tem a certeza de estar no caminho certo. "As pessoas nos chamam para agradecer, dizendo do alívio e prazer que puderam sentir. É uma medida simples, que atende as pessoas não só no aspecto físico, mas também no emocional. É um cuidado", conclui. (M.O.)