Para a professora assistente do departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos da Universidade Estadual de Londrina (UEL) Adelaide Biléia, que também dá aulas no curso de pós-graduação em Ciência dos Alimentos da instituição, os aditivos alimentares fazem parte da modernidade. Segundo a especialista, esses produtos foram responsáveis por diversificar a alimentação e diminuir o desperdício, na medida em que permitem a industrialização e a conservação dos alimentos.''Tudo que é embalado contém aditivos'', diz.
No Brasil, o órgão responsável pelo controle dos aditivos alimentares é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que avalia a segurança do produto e determina como ele pode ser utilizado, incluindo tipo de alimento e quantidade. ''Deve haver uma necessidade tecnológica, mesmo que seja apenas sensorial, como melhorar a aparência e a textura'', explica Adelaide, acrescentando que os aditivos alimentares são muito estudados antes de serem permitidos.
O Brasil, segundo ela, faz parte de uma organização internacional chamada JECFA, cujo objetivo é atestar a segurança dos aditivos alimentares. O limite de ingestão é estabelecido pelo índice de Ingestão Diária Aceitável (IDA), determinado individualmente para cada produto. Para saber as quantidades em cada alimento, a melhor maneira é consultar o rótulo.
''Todos os aditivos alimentares utilizados pela indústria foram estudados, mas o consumo é um risco voluntário. O consumidor pode fazer a opção pelos alimentos que considera mais adequado'', opina. Adelaide acredita que a mesma regra se aplica às crianças, cuja alimentação deve ser controlada pelos pais. ''No mercado, o uso de aditivos é inevitável. Se a opção for por alimentos sem esses produtos, a solução é fazer em casa.'' (C.A.)