Entre os pequenos empresários, o clima é de otimismo em relação à recuperação econômica do país. É o que aponta pesquisa realizada em junho de 2017 pelo Sebrae e que teve algumas partes divulgadas pelo diretor de Operações do Sebrae/PR, Júlio Cezar Agostini, um dos painelistas do EncontrosFolha.
Segundo o estudo, 42% dos empresários consultados afirmaram que a própria empresa iria melhorar em 12 meses e 41% mencionaram que permaneceria como está. Já em relação ao faturamento, 34% apostam em aumento e 37% na manutenção. Novos investimentos foram previstos por 41% dos entrevistados, que pretendiam modernizar produtos e processo, capacidade produtiva e capacitação de funcionários.
Agostini informou que a expectativa dos empresários é de melhoria imediata no cenário econômico, visto que 18% afirmaram que a economia vai se recuperar ainda em 2017, 30% em 2018 e 14% em 2019.
Já entre os fatores que impactaram as micros e pequenas empresas em 2016, 30% mencionaram a recessão, 27% o desemprego, 23% a taxa de juros elevada e 15% a inflação elevada. "São fatores que criaram pressão de custo para os investimentos em um contexto de queda no consumo. A pequena empresa ficou 'espremida' entre duas pressões dramáticas", avaliou.
Neste contexto, a única solução é adotar boas práticas de gestão. "É o que a gente chama de 'operação lipoaspiração': toda gordura será eliminada, não tem outro jeito", brinca ele, reforçando que na crise é preciso reduzir custos e reinventar produtos e serviços para expandir a renda.