Boa Vista - Cinco dias depois de 60 presos - a maioria do Primeiro Comando da Capital (PCC) - terem sido assassinados em cadeias do Amazonas por bandidos da Família do Norte (FDN), a facção paulista iniciou sua vingança e matou 31 presos nesta sexta-feira (6), na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (PAMC), em Boa Vista, em Roraima. O massacre começou às 2h30 (hora local).

Segundo a administração da prisão, os detentos quebraram os cadeados das celas e invadiram a Ala 5, a cozinha e o cadeião - onde estavam os presos de menor periculosidade - e mataram os desafetos. A maioria das vítimas foi esquartejada, decapitada ou teve o coração arrancado - método usado pelo PCC em conflitos entre facções. Os corpos foram jogados em um corredor que dá acesso às alas. Não houve fugas.

Em Brasília, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, negou que o sistema prisional brasileiro viva uma guerra entre facções rivais e que a situação tenha saído do controle. Ele afirmou que o massacre de Boa Vista não se tratou, "aparentemente", de uma retaliação à FDN. Para o ministro, o que aconteceu em Roraima é o que pode ser chamando de "morte oportunista".