Imagem ilustrativa da imagem Mulheres no controle
| Foto: Fotos: Marcos Zanutto
Raquel Garcia, Raquel de Jesus e Andréa Sofiati participam do projeto Retraço Novo: produção sustentável e geração de renda
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"Não visamos lucro agressivo e conseguimos rentabilizar, valorizar nossos colaboradores e parceiros", diz Bianca Baggio, empreendedora social


Andréa Sofiati, Raquel de Jesus e Raquel Garcia são três das mulheres participantes do projeto Retraço Novo. Elas afirmam que a capacitação proporcionada pelo projeto permitiu que elas aprendessem não só a confeccionar produtos sob o conceito de reaproveitamento de resíduos têxteis, mas também a colocar ideias em prática e a administrar um negócio. Andréa e Raquel de Jesus comemoram ainda a possibilidade de poder passar mais tempo com os filhos. "É a oportunidade de sermos mães e ganhar renda", comenta Andréa, que estimulada também pelo projeto, fez um curso técnico e iniciou uma graduação em Design de Moda.
Hoje, as mulheres já conseguem gerar renda com a produção de peças. "Já estamos produzindo bolsas, guardanapos, necessaires, aventais e o que mais a criatividade mandar", enumera Raquel de Jesus. Raquel Garcia manifestou o desejo, compartilhado pelas outras participantes, de se tornar microempreendedora.
"Desde que comecei, me desenvolvi e consegui fazer alguma geração de renda para casa com o aproveitamento de material." No início cética, Andréa conta que utiliza o aprendizado para a geração de renda e para a vida. "Eu achava que essa visão de trabalhar juntas, uma apoiando a outra, e de fazer a divisão de renda era uma coisa que não funcionava. Mas esse planejamento é algo que não é só para a costura, é para tudo na vida."

Contrapartida social
"Quando falamos de uma marca social, a ideia é que seja uma empresa, tenha produtos, serviços, que gerem sustentabilidade financeira, porém redistribua o recurso gerado", diz Bianca Baggio, fundadora do Retraço Novo, sobre o objetivo de uma marca social. "O objetivo da marca social não é enriquecer financeiramente, é ter uma saúde financeira confortável para ter contrapartida social e ambiental. Somos uma empresa que se sustenta financeiramente, porém, não visamos lucro agressivo e conseguimos rentabilizar, valorizar nossos colaboradores e parceiros." E assim como qualquer outra empresa, os negócios sociais oferecem produtos com preços equivalentes aos do mercado, observa a fundadora. A qualidade, no entanto, é superior.(M.F.C.)