Após reformas no salão de festas e na quadra de esportes, condomínio onde mora o síndico Ari Leal está trocando a fachada a um custo de R$ 180 mil
Após reformas no salão de festas e na quadra de esportes, condomínio onde mora o síndico Ari Leal está trocando a fachada a um custo de R$ 180 mil | Foto: Gustavo Carneiro



Despesas de "manutenção do lar" representam cerca de um quarto do consumo dos brasileiros. "Outras despesas" são o segundo item, de acordo com o IPC Maps, com aproximadamente 20% do total. Na sequência, está a "alimentação no domicílio", com uma média de 11%. A variação nas esferas nacional, estadual e municipal é muito pequena na maioria das despesas listadas no levantamento.

Chamam atenção os "materiais de construção", que são o sexto item na média dos brasileiros, com 4,41%, mas sobem para a quarta posição no Paraná, com 7,49%. Isoladamente, Londrina também tem esse item em quarto lugar, com 7,4% do total. Neste ano, os paranaenses vão deixar R$ 20,1 bilhões nas casas que vendem material de construção. E, em Londrina, serão R$ 1,1 bilhão.

O condomínio Aurora Tropical, localizado no Jardim Tókio (zona oeste), entra com uma parte desse valor. A reforma da portaria e a construção de uma rua interna vão custar R$ 180 mil. "Demolimos a antiga e estamos fazendo uma nova, que vai melhorar o controle de acesso, a segurança dos moradores e ainda valorizar o condomínio", conta o síndico Ari Santana Leal.
Há três anos, segundo ele, o condomínio gastou R$ 100 mil na reforma do salão de festa, e, um pouco antes, R$ 25 mil na revitalização da quadra de esportes.

Dona do Depósito Casa Grande, na zona norte, Sônia Roque Martins não conhece a pesquisa IPC Maps, mas afirma que o ramo de materiais de construção em Londrina é bastante aquecido. "Não posso reclamar de jeito nenhum", declara.

A comerciante diz que sua loja resistiu bem à crise econômica. Segundo ela, pesquisa divulgada recentemente mostra que o setor cresceu 3% no início deste ano. "No meu caso, acho que o crescimento foi maior. Estou bem otimista." De acordo com Sônia, 70% dos seus clientes são pessoas físicas. "São o que nós chamamos de consumidores formiguinhas. Pessoas que economizam recursos para reformar suas casas. São clientes que nunca somem", avalia. (N.B.)