Daniel Paccini com a esposa Maria Murad Paccini e a filha Maísa, de 5 anos: "Exercer a paternidade é uma decisão do homem"
Daniel Paccini com a esposa Maria Murad Paccini e a filha Maísa, de 5 anos: "Exercer a paternidade é uma decisão do homem" | Foto: Divulgação


Foi a necessidade que despertou em Daniel Paccini, do portal 4Daddy, a vontade de produzir conteúdo exclusivo para ajudar os pais a cuidarem melhor de seus filhos. No ano passado, quando a funcionária que ajudava com os cuidados da filha Maísa, de 5 anos, ficou doente, ele e a esposa decidiram não substituí-la. Daniel, que trabalhava em casa e já era bastante participativo, decidiu que ele mesmo se responsabilizaria pela filha. "Eu achava que tinha muito conhecimento, mas comecei a ter dificuldades básicas, como arrumá-la para o balé ou até mesmo cuidar da higiene pessoal", revela.
Daniel percebeu, também, que a figura de um pai cuidando sozinho da filha não era bem recebida em ambientes muito femininos. "Eu chegava no parquinho do condomínio, por exemplo, e a conversa parava. Também sentia um pouco de preconceito, as pessoas ficavam se perguntando se eu não trabalhava", relata.
Na falta de informações, ele passou a procurar soluções para as dificuldades diárias na internet. "Encontrei muita coisa, inclusive absurdos, mas era tudo direcionado às mães. Ninguém imagina que o pai também precisa ter informação, inclusive de moda", aponta. Conversando com o amigo – e atual sócio – Leandro Crespo, que também divide com a esposa os cuidados com o enteado Vinícius, eles concluíram que havia uma janela a ser preenchida no universo virtual. Após a criação de um grupo e de uma fan page no Facebook, eles decidiram investir no portal 4Daddy.
"Não é um blog, é um hub que traz informações de profissionais falando especificamente para pais. São pediatras, dentistas, terapeutas, coachs e até administradores que tratam de finanças. São conteúdos chancelados por profissionais", explica.
Da experiência de lidar com o público masculino, Daniel já aprendeu várias particularidades deste universo. "Tem pais que não fazem questão de serem participativos, mas tem outros que tentam assumir responsabilidades e as mães limitam", exemplifica. Outro comportamento comum é confundir afetividade com masculinidade. "Tem muitas coisas que eles estão descobrindo porque não havia informações voltadas para pais", completa.
Além disso, o portal tem uma área restrita com aulas de meia hora com profissionais falando sobre diversos assuntos, os chamados "Simpais". "A ideia é realmente incentivar o pai e empoderá-los com conteúdos. Exercer a paternidade é uma decisão do homem", acredita ele.(C.A.)

Serviço: www.4daddy.com.br